COLÉGIO INTEGRAL ADOTA ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR A DISTÂNCIA ENTRE IMIGRANTES E NATIVOS DIGITAIS

O Colégio Integral, que nasceu em Campinas e é um dos maiores grupos educacionais do interior de São Paulo, lançou em 2014 um projeto piloto de implementação  de novas tecnologias na escola. Ciente da imposição cada vez mais presente do professor sensibilizar os alunos que cresceram inseridos na tecnologia, o Colégio Integral busca diminuir a distância entre os nativos digitais e os imigrantes digitais promovendo aos docentes palestras, estudos e debates que incentivem a criatividade, as adaptações nas aulas e a reflexão sobre a necessidade de mudar a postura diante desse novo estudante.sala de aula_tablets_unidade Paulínia1

A coordenadora pedagógica da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Integral, Luciana Haddad Ferreira, disse que a implantação  de linguagens tecnológicas em sala de aula favorecem o aprendizado dos alunos dessa geração, que é muito diferente na maneira de aprender e entender a forma como o pensamento se organiza diferentemente das gerações anteriores.

Como ocorre sempre que há choque de gerações, sabe-se que os novos estudantes têm um modo próprio de pensar e entender o mundo, baseado em suas experiências e formas de interação social. Assim, o nativo digital processa as informações de forma diferente. A Geração Z, que nasceu a partir de 1995, está acostumada à multitarefa e uma aula expositiva ministrada pelo professor imigrante digital pode ser desestimulante. Estudiosos do tema classificam os nascidos anteriores a 1995 como imigrante digital por não apresentarem a mesma compreensão da realidade que os jovens.

O Integral tem um grupo significativo de professores recém-formados e novos e que teoricamente estão em contato e em diálogo com as mais novas teorias e muito por dentro da maneira como se pensa a educação recentemente nada exclui o fato de que todos esses adultos que atualmente interagem com os adolescentes são imigrantes digitais.  “Eles pode transitar muito bem com tecnologia, mas não aprendeu a pensar por meio da tecnologia como os nossos alunos aprenderam. Essa percepção é muito importante para se entender que não adianta apenas o professor dominar muito bem o recurso. Ele tem que entender como o aluno pensa a partir desse recurso” avalia Luciana.

Para Luciana Ferreira, é importante destacar que o Ipad, os tablets e a Internet são ferramentas potentes de aprendizado, no entanto, o professor para fazer uso de uma plataforma 100% digital para programar as suas aulas precisa explorar mais os recursos. O uso do tablet na sala de aula do Integral é uma realidade cofachada PQ PRADO reduzidonsolidada. “O professor precisa entender o que é essa maneira de pensar, que é intuitiva e reorganizar a sua aula. A partir daí, a gente iniciou uma série de iniciativas de formação para os professores tentando fazer com que a inserção da tecnologia na escola não fosse apenas mais um  recurso didático, mas que nos leve a pensar da maneira como o jovem pensa”, explica.

Luciana Ferreira lembra que as habilidades de interação e prática dos nativos digitais também são “estranhas” aos imigrantes, que em certos momentos podem entender que devem ensinar como aprenderam: de forma linear, no passo-a-passo, com uma coisa de cada vez e sem espaço para debate. “Nós que somos os imigrantes digitais, precisamos nos abrir para esta nova perspectiva e aceitar o fato, por exemplo, de que nossos alunos são capazes de realizar tarefas enquanto ouvem música, conversam em chats e se divertem”, observa a coordenadora.

Os estudantes da geração nativa digital valorizam a liberdade e a liberdade de escolha. O mundo digital permite essa escolha. Num livro físico, por exemplo, vira-se a página para frente; no digital, há inúmeros caminhos. Os alunos fazem uma análise criteriosa do professor e da escola a partir dos recursos da internet. Com as redes sociais, o que era privado tornou-se público e os estudantes insistem na integridade de quem os ensina. “Essa geração é habituada à exposição. As produções pessoais ganham mais sentido e valor quando damos visibilidade a elas. Ao exibir trabalhos no corredor da escola, publicar os textos em coletâneas, produzir vídeos e outras estratégias que os façam ser notados, ampliamos o interesse para realizá-lo”, finaliza.

Foto 1 – Alunos usando tablets na unidade do colégio Integral em Paulínia (SP).

Foto 2 – Unidade do Colégio Integral  no Parque Prado em Campinas (SP).

Crédito: Divulgação.

 

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