REDUÇÕES DE JUROS PARA EMPRESAS

As empresas também foram beneficiadas com os cortes de juros anunciados pelo Itaú Unibanco.

A Caixa e Banco do Brasil já haviam feito o mesmo movimento, ampliando as reduções realizadas no mês passado.

Para empresas, o Itaú Unibanco reduziu a taxa para uma linha de capital
de giro que é garantida pelos recebíveis em cartões. O juro nessa
modalidade passa a 1,10% ao mês.
A Caixa
cortou as taxas do cheque especial, que agora passam para a mínima de
2,87% e máxima de 4,27% a.m..
No BB, uma das reduções mais significativas foi a do cheque especial
para empresas, que agora tem taxa única de 3,94% ao mês, queda de 56,8%
comparada à anterior. Para ter acesso à taxa, no entanto, a empresa
precisa aderir ao serviço de assessoria financeira do banco. As linhas
de capital de giro também sofreram reduções.

Compare as taxas cobradas pelos principais bancos no crédito às empresas

LINHAS X BANCOS Banco do Brasil Bradesco Caixa Itaú Santander
Capital de giro 1,01% 2,43% 0,94% 1,14% 1,38%
Cheque especial 3,94% 3,29% 2,87% 1,95% 2,50%
Antecipação de recebíveis 1,00% 2,09% 1,36% 1,05% 1,50%
Desconto de duplicatas 1,25% 2,89% 1,15% 1,29% 1,99%
Desconto de cheques 1,25% 2,89% 1,15% 1,29% 1,86%
  • *Juros mensais cujos valores são os mínimos praticados e estão sujeitos a negociação com o gerente

Márcio Iavelberg, sócio da Blue Numbers, consultoria empresarial
especializada em pequenas e médias empresas, diz que é necessário ficar
atento às necessidades do negócio antes de aproveitar as novas taxas.
“Existem linhas diferentes de crédito indicadas para cada necessidade.
Se o empresário precisa de dinheiro para os próximos três dias apenas, o
cheque especial pode ser uma opção, por exemplo. Se é uma quantia
maior, com mais prazo de pagamento, o capital de giro pode ser mais
recomendado”, afirma.

Redução acompanha queda da taxa Selic

As medidas fazem parte de um movimento geral do mercado para diminuição
dos juros, puxada pela queda da taxa básica de juros (Selic), com o
objetivo de movimentar a economia.
“É uma tendência iniciada com os bancos públicos, que provoca alteração
em todas as instituições. É uma boa hora para os empresários investirem
em seus negócios, seja na aquisição de equipamentos, na compra de
matéria-prima ou mesmo em expansões físicas”, diz Iavelberg.

Mudanças beneficiam quem quer crescer

A diminuição das taxas não significa que o acesso ao crédito está mais
fácil, destaca Vicent Baron, diretor da Naxentia, especializada em
consultoria e reestruturação de pequenas e médias empresas.
“Para compensar a diminuição dos seus ganhos e evitar a inadimplência,
os bancos exigem mais garantias dos empresários. Por isso, as empresas
que estão em dificuldades financeiras, por exemplo, não devem se
beneficiar das novas taxas”, afirma.

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