CONSÓRCIO PCJ LANÇA PROJETO DE MACROMEDIDORES

O
Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí
(PCJ) lançou o Projeto Regional de dimensionamento de macromedidores para os 62
municípios das Bacias PCJ em parceria com a Câmara Técnica de Saneamento dos
Comitês PCJ. O projeto, que será financiado com recursos da cobrança pelo uso
dos recursos hídricos, foi apresentado durante o 37º Encontro Regional de
Perdas Hídricas, que ocorreu em Campinas e contou com a presença de mais de 100
pessoas, entre autoridades municipais e representantes dos serviços de água da
região. O objetivo principal do projeto apresentado no Auditório do Centro do
Conhecimento da Água é a busca pelo estabelecimento efetivo de um índice
regional de perdas hídricas.

O
Projeto, nessa escala, com tantos municípios envolvidos, é inovador na
realidade brasileira. O combate às perdas hídricas é uma das alternativas à
ampliação da oferta de água nas Bacias PCJ, já que a região possui média
aproximada de 37% de perdas nos serviços de abastecimento, com meta de redução
para índices na ordem de 25% em 2020 com necessidade de investimentos próximos
a R$ 1 bilhão.

Alexandre
Vilella, gerente técnico do Consórcio PCJ, explicou o que são perdas hídricas,
a importância desse projeto para os municípios e quais as ações imediatas devem
ser executadas. “Esse projeto, construído a muitas mãos e diversos parceiros,
possui um caráter inovador por envolver tantas realidades municipais diferentes
e, principalmente, o avanço na cultura regional de combate as perdas de água”,
disse.

A
coordenadora da Câmara Técnica de Saneamento dos Comitês PCJ e representante do
município de Santa Bárbara d´Oeste, Célia Moraes, destacou a importância da
unificação dos dados de perdas. “Esse evento vem em um momento importante sobre
o papel do combate as perdas na região. Cada município precisa calcular um
índice comum para a gestão da bacia, a ideia desse evento e do projeto é
nivelar os conhecimentos e experiências”, declarou.

O
Presidente do Consórcio PCJ e prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira,
avaliou a importância das discussões e projetos regionais de combate às perdas,
que desde 1989, ano da fundação do Consórcio, caíram de 51% para 37% na região
das bacias PCJ. “O consórcio PCJ tem o dever de fomentar todas essas reuniões e
compartilhar as ações nas prefeituras das bacias PCJ, abrindo caminho para
buscar recursos e fazer com que os municípios se interajam. Os municípios devem
se unir para dar velocidade e desburocratizar questões sobre a gestão de
recursos hídricos. Existem serviços de água com tecnologias e experiências
avançadas no combate às perdas, que se forem aplicadas em outros carentes dessa
estrutura, teremos ótimos resultados”, concluiu Nogueira.

O índice
de perdas é um importante indicativo da eficiência operacional da companhia e é
muito importante como parâmetro para liberação de financiamentos. O Banco
Mundial, assim como outros bancos internacionais e o Plano Nacional de combate
ao desperdício de Água (PNDCA), indicam que as companhias de água no Brasil
devam ter como meta num projeto de controle de perdas d’água, o índice sob
controle de 20 a 25%.

O
consultor operacional da diretoria técnica da SANASA Campinas, Paulo Tinel,
atentou para a necessidade da construção de uma política conjunta de combate às
perdas hídricas nas Bacias PCJ. “Os municípios das nossas bacias sofrem com uma
escassez muito grande de água, com um índice comum e um sistema unificado entre
os serviços de água e as prefeituras dos 62 municípios pertencentes a essa
região, o controle de perdas hídricas será mais fácil’’. Completou.

O
assessor da diretoria metropolitana da Sabesp e vice-presidente do programa de
Proteção aos Mananciais do Consórcio PCJ, Hélio Rubens Figueiredo, parabenizou
o Consórcio PCJ no projeto de criação de um parâmetro padrão. “A iniciativa do
Consórcio é muito importante, a Sabesp tem duas diretorias na região das bacias
PCJ, e nossos superintendentes estão dispostos a contribuir com o Consórcio e
participar ativamente dessa troca de experiências, para a região avançar na
solução dos problemas de preservação dos recursos hídricos” afirmou Figueiredo.

O Saae
(Serviço Autônomo de Água e Esgotos) de Indaiatuba esteve representado pelo
superintendente da autarquia, engenheiro agrônomo Nilson Alcides Gaspar, que
fez ampla abordagem sobre as ações inovadoras realizadas no Combate às Perdas
de Água na cidade e sobre os grandes investimentos realizados para ampliação da
oferta de água. “O sistema de captação e tratamento de água de Indaiatuba está
conseguindo absorver toda a demanda do crescimento do município, um dos que
mais cresce no País,” destacou Gaspar.

O Saae indaiatubano irá receber R$ 1,3 milhão do
Programa Reágua, como prêmio por ter reduzido as perdas de água de 370
Litros/ligação/dia para 334 Litros/ligação/dia. “Em nossa primeira verificação
de resultados superamos a meta definida no contrato com o Reágua, que era
reduzir as perdas para 351 Litros/ligação/dia”, comemorou o superintendente do Sasae.

O valor do contrato firmado entre a autarquia
indaiatubana e o Programa Reágua, para o Controle e Redução de Perdas, é de R$
10,9 milhões, e prevê a redução das perdas atuais para 276 Litros/ligação/dia,
em quatro anos.

O
Consórcio PCJ mantém há 15 anos o Grupo Regional de Perdas Hídricas, que
se reúne periodicamente para discussão de estratégias e troca de experiências.
Por isso, a implementação efetiva de um índice regional de perdas é importante
para o planejamento e elaboração de estratégias no combate às perdas hídricas.

Durante o
encontro do Grupo de Perdas cases foram apresentados pelos serviços de
abastecimento sobre suas experiências de combate às perdas. Lina Cabral Adani,
gerente de controle de perdas e sistemas da SANASA-Campinas e Nilson Gaspar,
superintendente do SAAE Indaiatuba apresentaram sobre a gestão de perdas nas instituições,
enquanto que os representantes da Foz do Brasil, Bruno Bernini e Marcos Sinico,
palestraram a experiência de Limeira na hidrometração e combate às fraudes.

Primeira
a apresentar, Lina apontou os resultados e aprendizados que a SANASA- Campinas
oferece aos demais municípios da região. “A SANASA possui há 18 anos um
programa com resultados, onde todas as ações são monitoradas. Como tudo é
documentado oficialmente, servimos de experiências para os outros municípios
poderem fazer o mesmo procedimento com resultados positivos.” Concluiu.

Gaspar
apresentou as experiências da autarquia de Indaiatuba, o SAAE, e falou sobre as
inovações do município. “Estamos fazendo grandes investimentos na ampliação do
sistema de água e adotamos um plano diretor de perdas, onde estamos trabalhando
intensamente. O sistema de captação e tratamento de água de Indaiatuba está
conseguindo absorver toda a demanda do crescimento da cidade, uma das que mais
evolui no país.” Afirmou.

O
supervisor em gestão de hidrometria e fraudes da Foz do Brasil de Limeira,
Bruno Bernini, indicou as experiências da Foz que podem ser compartilhadas em
outros municípios. “Possuímos um dispositivo antifraudes que reduziu bastante
os problemas de em Limeira”. O índice que era de 50% em 2007, caiu para 12% nos
números atuais. Buscamos a conta de água justa, para ninguém sair perdendo, e
vamos compartilhar isso com os outros municípios da região”. Completou.

 

 

 
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