CPqD E GRUPO SÃO MARTINHO INVESTEM EM PROJETO PARA AUMENTAR EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ETANOL

05 de março de 2016.
Um projeto
desenvolvido pelo CPqD, que tem sede em Campinas, em parceria com o Grupo São
Martinho, um dos maiores do setor sucroalcooleiro do Brasil, está aplicando
recursos de Tecnologia da Informação para aumentar a produtividade da lavoura
de cana-de-açúcar e a eficiência dos processos relacionados à produção de
açúcar e etanol. O projeto conta com o apoio do BNDES, por intermédio do PAISS
Agrícola, iniciativa destinada a fomentar o desenvolvimento tecnológico e a
inovação nessa área.
Com dois anos de
duração, o projeto prevê o desenvolvimento de rede móvel de quarta geração
baseada na tecnologia LTE (Long Term Evolution) e adaptada às condições
operacionais do setor sucroalcooleiro, em conjunto com uma infraestrutura de
sensoriamento com tecnologia RFID (identificação por radiofrequência). Esses
recursos, integrados, permitirão a coleta de informações no campo, em tempo
real.
Na primeira fase do
projeto, que conta com o suporte do BNDES Fundo Tecnológico (Funtec), estão
incluídas a pesquisa e desenvolvimento da arquitetura de rede, de equipamentos
e aplicativos e, ainda, a implantação de um piloto em uma das usinas do Grupo
São Martinho. O foco é a criação de uma infraestrutura de comunicação e
sensoriamento eficiente e flexível, capaz de aumentar a eficiência das
operações no campo em todas as suas fases – do plantio e colheita da
cana-de-açúcar até o seu transporte para as linhas de processamento industrial.
“A rede de comunicação LTE viabilizará células com raio de cobertura de dezenas
de quilômetros, provendo mobilidade, qualidade de serviço e taxas elevadas de
transmissão, por meio de arquitetura composta de estação radiobase e terminais
veiculares adaptados aos requisitos operacionais das usinas de cana”, explica
Fabrício Lira Figueiredo, gerente de Tecnologias de Comunicações sem Fio do
CPqD e coordenador geral da primeira fase desse projeto.
Segundo ele, esse
sistema permitirá a coleta de dados no campo e seu envio, em tempo real, para
bancos de dados e aplicativos, proporcionando aumento da eficiência operacional
agrícola e fomentando a inovação tecnológica no setor.
Clovis Magri
Cabreira, da Gerência de Desenvolvimento de Dispositivos e Sensores do CPqD,
explicou que no caso do sensoriamento, leitores e etiquetas RFID serão
colocados nos elementos envolvidos no processo de colheita da cana como trator,
colhedoras, carretas e caminhões, para identificação dos equipamentos e coleta
de dados que permitirão a gestão e a rastreabilidade da cana em tempo real.
“Esses dados serão enviados, via rede sem fio, a uma central de controle no
centro de operações da usina, que passará a dispor de um banco de dados com
informações recebidas do campo. A partir desses dados e com o auxílio de
softwares específicos, a usina terá condições de apurar com mais agilidade a
quantidade de cana produzida em cada área, a quantidade enviada às moendas, o
posicionamento e distribuição de sua frota agrícola, além de indicadores como
horas trabalhadas e produtividade por operador ou colhedora, entre outros”, diz
As tecnologias de
produto relacionadas aos sistemas LTE e de sensoriamento RFID resultantes do
projeto serão licenciadas para a JÁ!, empresa do Universo CPqD que terá a
responsabilidade de produzir e comercializar esses equipamentos, além de
prestar serviços associados. “Os resultados dessa fase vão assegurar a
conectividade necessária para que ocorra a transmissão de dados do campo para o
nosso Centro de Operações Agrícolas (COA)”, destaca Walter Maccheroni, Gestor
de Inovação do Grupo São Martinho. “Com essa integração e com a expansão da
nova infraestrutura de comunicação e sensoriamento para as outras usinas do
grupo, também prevista na segunda fase do projeto, ganharemos uma capacidade de
análise única, que certamente vai ampliar nossa competitividade no mercado”,
conclui.
Foto: Fabrício Lira Figueiredo, gerente de Tecnologias de Comunicações sem Fio do CPqD.
Crédito: Divulgação.
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