CRISE NA INDÚSTRIA AFETA RESULTADOS DA ROMI

O CEO da Indústrias Romi S.A., Livaldo
Aguiar dos Santos, confirmou que a constatação feita pela confederação nacional
da indústria (CNI)  e do Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas de que houve
redução da atividade industrial e sobrando capacidade instalada nas empresas
está sendo constatada nos números que estão sendo apresentados pela Romi. “A
gente vê na verdade uma retração desse mercado. Aquele cliente que comprou uma
máquina ele não precisou comprar uma máquina adicional e quem é o primeiro que
sofre quando não há essa necessidade de renovação da frota ou de aumento de
produção somos nós porque no fundo o nosso produto representa aumento da
capacidade instalada de produção ou de renovação tecnológica de nossos clientes”,
justifica.

A Romi teve uma receita  operacional liquida 17,6% menor neste
primeiro semestre de 2012 em comparação com o mesmo período do ano passado,
passando de  R$ 311, 5 milhões para R$
256,8 milhões. Os resultados do segundo trimestre de 2012 em comparação ao
segundo trimestre de 2011 apresentou redução. A receita operacional líquida do
2º trimestre de 2011 que foi de R$ 172,6 milhões atingiu R$ 107,1 milhões no 2º
trimestre deste ano, uma redução de aproximadamente 38%. No 2º trimestre deste
ano a empresa teve um prejuízo liquido de R$ 21,8 milhões ante lucro líquido de
R$ 4,87 milhões registrado no mesmo período do ano passado. “O nosso cenário
macroeconômico não é diferente para o resto do ano. A gente acredita que
infelizmente a atividade industrial e não somos nós , os próprios números do
governo tem demonstrado que a cada nova divulgação vem diminuindo o nível de
crescimento do país. Não há como a Romi reverter este fator externo e o único
jeito da gente reverter alguma coisa em termos da empresa é trabalhar na
eficiência através de diversas ferramentas, uma delas foi essa reestruturação
que nós fizemos com a demissão de funcionários e outro é de grande
competitividade diante de processos internos”, explica.

Livaldo Aguiar fez questão de destacar
que a Romi dentro desse patamar que está se desenhando no cenário atual de
mercado está trabalhando para que volte a ter rentabilidade. O CEO da Romi
afirmou que a empresa continua a investir na melhoria de capacidade de seus
funcionários como forma de qualificar e ter ganho de competitividade, mas
reconheceu que diante do quadro difícil enfrentado pelo setor teve que realizar
demissões. “A dispensa de funcionários é sempre uma coisa muito dolorosa. Em
particular, nesse ano nós conseguimos num primeiro momento fazer um acordo com
o sindicato para a criação de um banco de horas, onde o funcionário continuou
recebendo o salário integral, mas a carga delke diminuiu e essas horas numa
retomada a gente poderá no futuro ainda que aqueles funcionários que ficaram reutilizá-las
gerando produtos. Numa primeira tentativa que fizemos em abril foi essa de não
dispensar funcionários e utilizar o banco de horas. Com o recrudescimento da
crise a gente precisou efetivamente fazer essa reestruturação”, explicou.

Livaldo Aguiar dos Santos disse que hoje
a empresa estar preocupada em criar produtividade com a necessidade de criação
de novos produtos e novas versões de produtos para ganho de mercado em áreas
onde a Romi não atua e que não está prevista para este ano por enquanto nenhuma
nova reestruturação em seus quadros.

A Romi  alcançou R$ 215,1 milhões em sua entrada de
pedidos no 2º trimestre de 2012, um  crescimento de 14,3%, ante o mesmo período de
2011. Esse valor que inclui também os pedidos da Burkhardt + Weber, que no 2T12
totalizaram R$ 38,9 milhões. “A entrada de pedidos neste trimestre é um
fato importante e que pode mostrar um possível panorama de recuperação para os
próximos períodos. No momento estamos focados em trabalhar para manter a
rentabilidade da companhia em um ano de desafios para a indústria nacional”,
comenta Livaldo Aguiar dos Santos, diretor presidente da Romi.

Com a Burkhardt + Weber, a Europa
representou 59,3% da receita obtida no mercado externo. Já a América Latina
passou a representar 23,9% das vendas e os Estados Unidos tiveram uma
participação de 16,3%.  A Ásia é o
resultante das receitas obtidas pela operação da B+W na China.

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