CUSTO DA CONSTRUÇÃO AUMENTOU 0,14% EM FEVEREIRO EM BELO HORIZONTE

O Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N) registrou alta de 0,14% em fevereiro e ficou abaixo do resultado do mês anterior, que foi 0,25%. DentrDaniel Furletti - DivulgaЗ╞o Sinduscon-MG_crédito Gladyston Rodrigues (1)e os componentes do CUB/m² observou-se que o custo com material cresceu 0,35% enquanto os custos com a mão de obra, com as despesas administrativas e com o aluguel de equipamentos mantiveram-se estáveis. No primeiro bimestre do ano o CUB/m² aumentou 0,38%.

O custo do metro quadrado de construção em Belo Horizonte, para o projeto-padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos) que em janeiro/18 era R$1.333,86 passou para R$1.335,70 em fevereiro/18. O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), de acordo com a Lei Federal 4.591/64 e com a Norma Técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Na composição do CUB/m² (projeto-padrão R8-N) o custo com a mão de obra representou em fevereiro 55,83%, os materiais de construção responderam por 39,92% e as despesas administrativas/aluguel de equipamentos foram responsáveis por 4,25%.Construção civil

Em fevereiro os materiais que apresentaram aumentos em seus preços foram: esquadria de correr (+10,33%), fio de cobre antichama (+3,03%), cimento CP-32 (+2,84%), bloco de concreto (+1,32%), disjuntor tripolar (+1,00%) e registro de pressão cromado (0,67%).

Para o coordenador sindical do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti, os aumentos nos preços dos materiais de construção continuam acontecendo de forma pontual: “Em fevereiro observamos que cerca de 58% dos insumos pesquisados mantiveram seus preços e 19% registraram queda, ou seja, os aumentos foram observados em 23% dos itens, patamar que vem se mantendo nos últimos meses e que não reflete aumentos generalizados de preços”. Além disso, o coordenador também destaca: “A pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central, sinaliza que a inflação nacional encerrará 2018, pelo segundo ano consecutivo, abaixo do centro da meta. Para 2018 a alta esperada para o IPCA/IBGE é de 3,67% e há algumas semanas esse número vem reduzindo. Portanto, acreditamos que o ritmo da inflação mantenha mais comportado os preços dos insumos”. Furletti também ressalta que apesar das expectativas mais positivas para o desempenho da Construção em 2018, o setor ainda está com um ritmo baixo de atividades.Empresa-de-construção-civil

Acumulado nos últimos 12 meses (março/17 – fevereiro/18): Nos últimos 12 meses o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 1,16%, o que foi reflexo das seguintes variações: 2,43% no custo com material de construção, 4,73% nas despesas administrativas e 7,20% no aluguel de equipamentos. Já o custo com a mão de obra manteve-se estável neste período. Os materiais que apresentaram maiores elevações em seus preços nos últimos 12 meses foram: esquadria de correr (+15,66%), disjuntor tripolar (+14,98%), tinta látex PVA (+11,96%), fio de cobre antichama (+11,73%) e vidro liso transparente 4 mm (+10,49%).

Resultado do CUB/m² desonerado

O CUB/m² desonerado aumentou 0,15% em fevereiro/18, acumulando alta de 0,41% nos dois primeiros meses do ano e 1,24% nos últimos 12 meses (março/17- fevereiro/18).

A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 189,74%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 155,94%.

Foto 1 – Coordenador sindical do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti.

Crédito: Gladyston Rodrigues

Fotos 2 e 3 – Trabalhadores na construção civil.

Crédito: Divulgação.

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