EMPRESÁRIOS ACREDITAM NA RETOMADA DO CRESCIMENTO INDUSTRIAL EM 2017

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas divulgou ontem a pesquisa de sondagem industrial elaborada pelo Centro de Pesquisas Econômicas da Facamp (Faculdades de Campinas) aponta que os empresários de Campinas tem uma perspectiva positiva com relação às suas empresas em 2017. Para 41,7% dos respondentes essa melhora vai o4638alta_jose-nunes-filho-e-jose-augusto-ruas_ciesp_credito-roncongraca-comunicacoes-copiacorrer no primeiro semestre do ano que vem, enquanto que outros 37,5% acreditam que a melhora virá no segundo semestre. Para 4,2%, a melhora ocorrerá em 2018 e outros 4,2% acreditam que virá entre 2019 e 2020. Para 12,5% não há perspectiva de melhora da economia.

Para o economista e professor da Facamp, Jose Augusto Ruas, a expectativa positiva dos empresários com relação à retomada da economia no ano que vem, causou surpresa. “Fiquei surpreso um pouco porque na verdade, boa parte das respostas se concentram já no primeiro semestre de 2017, apesar dos indicadores não refletirem isso no curto prazo. Não há nenhum início de que alguma retomada pode acontecer nos próximos três meses. Estamos falando num período no qual as prefeituras estão completamente enforcadas. Não estão conseguindo pagar os salários, então provavelmente termos um natal muito ruim. Me parece que o cenário não indica no curto prazo, mas há expectativa  que ao longo de 2017 isso possa acontecer”, diz.

Quando a abordagem foi com relação aos canais nos quais irão se manifestar os primeiros sinais de melhoria na atividade econômica, as alternativas apresentadas  foram aumento da demanda; redução do custo de financiamento; aumento das exportações; redução de custos relacionados à matéria prima importada; redução de custos relacionados ao trabalho, como maior flexibilidade na legislação trabalhista; redução da carga tributária; maior previsibilidade quanto à atuação do governo na economia e não acredito que haverá melhora. Cada respondente das empresas associadas ao Ciesp Campinas poderiam escolher até três alternativas.

De acordo com o levantamento feito 54,2% apontam que isso ocorrerá através do aumento da demanda. Para 54,2% a melhora da atividade econômica  ocorrerá através da maior previsibilidade quanto a atuação do governo na econômica. Para 25% dos respondentes, a opção escolhida  foi a redução do custo de financiamento. Outros 16,7% acreditam que isso pode acontecer por meio da redução dos custos relacionados ao trabalho. O mesmo percentual de 16,7% escolheram a redução da carga tributária. Na opção que não acredita que haverá melhora, 8,3% dos respondentes  apontaram este item.A opção aumento das exportações foi  alternativa apontada por 4,2% dos respondentes. A redução de custos relacionados  à matéria prima importada foi apontada por 4,2% dos respondentes.

O diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho, também tem uma perspectiva positiva com relação ao ano de 2017. “Até agora não me sinto decepcionado com o novo governo porque eles estão tomando medidas para diminuir o gasto público, para equilibrar as finanças do país. Não houve aumento de impostos porque a primeira coisa que se fazia era aumentar imposto. As taxas de juros estão caindo. As medidas que são necessárias para conter os gastos públicos foram apresentadas no congresso. Taí a PEC 241 de controle dos gastos públicos. O projeto de reforma da previdência é fundamental porque caso contrário o país vai quebrar, pois além de não ter mais dinheiro para pagar essa conta e os aposentados não vão receber mais seus benefícios. As coisas estão acontecendo. Nós temos que ter paciência porque não se constrói em um mês, dois meses, seis meses ou um ano o que se destruiu em 13 anos”, avalia.

José Nunes Filho disse ainda que 2016 apesar de todos os problemas nesta reta final já demonstra uma melhoria dos índices. “Eu acho que nós começamos a ter uma certa recuperação. A gente analisa isso pelo nível de emprego. Nós tivemos menos desemprego que 2015 e nós terminamos o ano, sendo que nos últimos três meses, dois deles tiveram ganhos de emprego, então começamos a ter emprego positivo na região, que é um bom sinal”, conclui.

O índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista caiu para 51,1 pontos em novembro, permanecendo, entretanto, no nível de otimismo pelo quarto mês seguido. Com o resultado e novembro, o indicador fica 1,1 ponto percentual acima da média histórica de 50 pontos.

 

Foto: Diretor do Ciesp Campinas, Jose Nunes Filho e o professor da Facamp, José Augusto Ruas.

Crédito: Roncon & Graça Comunicações

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