ESSES INVENTORES E SUAS MÁQUINAS MARAVILHOSAS!!!

ARTIGO DA ADVOGADA CLARA LÓPEZ TOLEDO CORRÊA

No mundo atual ficou mais do que velho dizer que informação e tecnologia são os novos tesouros. Na verdade, creio que tal assertiva nem se faz tão certa ou verdadeira, pois conhecimento e tecnologia, de qualquer maneira, sempre propulsionaram a humanidade – tanto para o bem, quanto para o mal. Literalmente, desde o tempo da “descoberta da roda” e do fogo (ou pelo menos de como se fazer fogo), que as inovações são imprescindíveis para a evolução da humanidade. Naquela época não existiam Santos Dumont, Leonardo Da Vinci e mil outros “Professores Pardais”. Se pararmos para viajar no tempo e no espaço, todas essas pequenas descobertas e invenções acabaram por gerar essas grandes personalidades! É inquestionável que durante muito tempo, invenções não eram conceituadas como as conhecemos hoje e muito menos se falava em patentes ou em “inventores lunáticos” (como foram estigmatizados aqueles que acreditam em algo novo e o concretizam), mas ambos sempre existiram.5240_Clara_Toledo_Corrêa_credito_Roncon&Graça Comunicações

Assim, com o passar do tempo as invenções começaram a ser vistas como patentes, tecnologias e inovações, que se traduzem, também, em insumo estratégico para a competição do mercado (ou apenas para facilitar a vida de muitos que não são vistos como fomentadores da economia de forma geral, talvez por falta de visão ou mero preconceito, como as donas de casa).

Hoje o número de pedidos de patentes no mundo chega a 2,5 milhões, dos quais apenas 1,2 milhão se tornam patentes concedidas. O que esses números querem dizer? Um monte de coisas! Eles podem ser classificados como um ranking, no qual o Brasil ainda ocupa um dos últimos lugares, já que somente colaboramos com 243,8 pedidos de patentes. Pode também nos dizer que a alta de patentes no Brasil (em 2001), entrou em queda e apenas depois de 2011, vem crescendo de forma tímida. Não obstante, pode significar um número de pessoas que estão determinadas em concretizar um grande projeto em suas vidas (independente da importância econômica do invento).

Portanto, por trás de todos esses números, temos pessoas dos mais diferentes perfis. Não são apenas Santos “Dumonts”, Da “Vincis” ou Inspetores Bugiganga (desenho animado  franco-americano-canadense, que narra as aventuras de um inspetor policial, que após sofrer acidente, foi transformado numa espécie de robô com mil e uma bugigangas diferentes), que dedicam uma vida, ou parte dela, em coisas novas ou aprimoradas, tampouco são apenas grandes indústrias e universidades. Muitas vezes é o dono da “salgaderia”, que resolveu criar uma nova ferramenta de trabalho, para amenizar a dor de quem tem que enrolar e fazer salgados o dia todo.

Pode ser o pai apaixonado pelo filho que adora diversão e resolve criar um “kart com controle remoto”, para passar o tempo livre se divertindo com quem mais ama, com toda a segurança. Mas, também pode ser um grande empresário, que sempre almeja estender o leque de possibilidades. Da mesma forma que pode ser um grande apaixonado por suas ideias, que sacrifica dinheiro e tempo com a família, para desenvolver algo que gere retorno de renda para sustento familiar.

Há também os empregados, contratados de empresas que ganham o seu salário e apenas tem o nome como “titular de patente” ou aqueles que trabalham em um determinado setor, mas desenvolvem projetos particulares (completamente desvinculados de sua profissão), para alimentar o seu hobby – que um dia poderá se tornar o seu “ganha-pão”.

Assim, todos os números, estigmas e personagens de nomes mundialmente conhecidos são desmistificados, da mesma forma como as patentes e inovações deveriam ser, para quem sabe, se tornarem mais do que comuns na vida de todos os brasileiros.

Clara López Toledo Corrêa é advogada da Toledo Corrêa Marcas e Patentes. E-mail – [email protected].

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