EXECUTIVOS DE FINANÇAS ESTÃO CONFIANTES NA RETOMADA DA ECONOMIA EM 2018

O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) seccional Campinas, apresentou os resultados de uma pesquisa realizada entre o final de fevereiro e o início de março de 2018 com o objetivo de traçar o cenário econômico e detectar se haverá alguma recuperação da economia em 2018 na Região Metropolitana de Campinas (RMC). A pesquisa aponta, entre outras questões, que a corrida eleitoral deverá influenciar o comportamento da economia e também que a baixa dos juros incentivará mais investimentos. presidente do IBEF Campinas Marcos Ebert

De acordo com o levantamento  61% das empresas que participaram da pesquisa são do setor de serviços, 35% da indústria e 4% de profissionais liberais e comércio. Com relação ao desempenho de suas empresas em 2018, 47% apontam que o crescimento das receitas  será inferior a 10%, outros 45% afirmam que esse crescimento das receitas será superior a 10% e 8% apontam queda nas receitas. No ano passado, 33% apostavam num crescimento das receitas superior a 10%, 13% em queda nas receitas e 54% em um crescimento das receitas inferior a 10%.

Com relação  a investimentos, no ano passado, 31% das empresas  diziam que não iriam investir, em 2018 esse percentual aumentou para 54%. Em 2017, 29% pretendiam realizar investimento inferior ao realizado em 2016 e em 2018 esse percentual caiu para 26% em relação ao ano passado. Na pesquisa, 40% dos respondentes  afirmavam em 2017 que iriam investir mais ao realizado em 2016. Em 2018, 52% pretendem investir mais ao quem foi investido em 2017.

Na pesquisa realizada pelo IBEF em 2017, as empresas apontaram em que pretendiam priorizar a gestão. Naquele ano 16% pretendiam focar em riscos e controles e em 2018 esse percentual caiu para 8%. Em 2017, 35%  visavam as finanças e neste ano o índice se manteve quase que estável com 34%. No ano passado, 24% tinham prioridade para orçamentos e na última pesquisa esse percentual caiu para 22%. Em 2018, 36% dos respondentes pretendem priorizar a gestão de processos. Houve um crescimento percentual de 11% em relação a 2017, que havia sido de 25%.

Na avaliação do Presidente do Ibef Campinas, Marcos Ebert, comparativamente o cenário da pesquisa atual mostra que os executivos de finanças estão mais confiantes com os rumos positivos da economia brasileira em relação à pesquisa do ano passado. “A gente começou a ver nas conversas que as coisas estão melhorando, mas em termos de desemprego  e de crescimento de PIB (Produto Interno Bruto) depende ainda de ações e de tempo”, diz.Vice-presidente do IBEF Campinas Ricardo Eguchi, Viviane Derrite Dias (executiva do anoEquilibrista 2017)

O vice presidente do IBEF, Ricardo Eguchi, acredita que as empresas aproveitaram o período de crise para se planejarem. “As empresas fizeram o trabalho de casa para reduzir o endividamento  e continuam fazendo. Se vermos o que era no passado e como estão hoje existe uma melhora gradual e significativa com a alavancagem  que tinham no passado. Hoje o cenário é muito mais propenso à recuperação econômica do que se via em 2017. Bens de capital e indústria automotiva vem tendo uma visibilidade de investimentos muito maior do que no ano passado. As indústria automotivas vão investir R$ 30 bilhões nos próximos anos. É um investimento maciço  na economia gerando emprego e gerando impostos, sendo essencial para a gente voltar a crescer”, avalia.

Para Ricardo  Eguchi, a economia brasileira está com fundamentos muito mais sólidos com queda da inflação e ainda com espaço para uma redução da taxa Selic possibilitando que as empresas invistam, pois o Brasil ainda está barato comparado ao que foi no passado. “Existem ativos disponíveis no mercado  para grandes operações serem realizadas seja internacional ou localmente com oportunidade para fusões e aquisições”, conclui.

A pesquisa do IBEF Campinas também abordou sobre a criação de vagas de emprego. No levantamento de 2017, 36% sinalizaram para a criação de novas vagas, 8% que iriam diminuir e 56% manterem as vagas existentes. Em 2018, houve um equilíbrio maior onde 44% pretendem criar novas vagas e 47% manter as vagas atuais. Outros 9% pretendem reduzir.

A pesquisa também questionou sobre a pretensão de investimento em treinamento e qualificação de pessoas. Em 2017, 81% pretendiam manter o investimento e 19% aumentar. Em 2018 houve um aumento expressivo do percentual dos que pretendem aumentar o investimento passando para 41% dos respondentes e 59% pretendem manter o investimento.

Quando questionados sobre quais fatores na visão da empresa, que mais impactarão nos negócios. Em 2017, 68% apontavam a retomada da economia, 24% os políticos, 7% a variação cambial e 1% o aumento dos juros nos EUA. Em 2018, a retomada da economia se manteve praticamente estável com 67% dos respondentes, 28% políticos, 2% variação cambial e 3% aumento dos juros dos EUA.

O levantamento foi concluído com o item como sua empresa pretende captar recursos. Nesse sentido, em 2017, 50% dos respondentes não pretendiam capitalizar naquele ano, 19% pretendiam capitalizar empréstimos em bancos de varejo, 16% em aporte de proprietários, 8% empréstimos em bancos de fomento e 7% em aporte do grupo controlador. Em 2018, 48% dos respondentes não vão capitalizar neste ano, 17% pretendem capitalizar em aporte de proprietários, 14% através de empréstimos em bancos de fomento, 12% através de aporte do grupo controlador 9% por meio de empréstimos em bancos de varejo.

Foto 1 – Presidente do IBEF Campinas, Marcos Ebert.

Foto 2 – vice presidente do IBEF Campinas, Ricardo Eguchi.

Crédito: Dominique Torquato.

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