INDÚSTRIAS DA REGIÃO DE CAMPINAS APRESENTAM REAÇÃO NO MÊS DE MARÇO

A economia na área de abrangência do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas começa a dar sinais de melhoras e apontam que as indústrias voltaram a produzir e a  atender o mercado exterior. As exportações cresceram 19,7% em março desse ano comparado a março do ano passado passando de US$ 243 milhões para US$ 290 milhõe6142_Coletiva_Ciesp-Campinas_Credito_Roncon&Graça comunicaçõess. As importações também tiveram um aumento de 17% passando de US$ 602,5 milhões m março de 2016 para US$ 705 milhões em março de 2017. Com isso, a corrente de comércio na comparação mensal entre 2016 e 2017, apresentou um aumento de 17,7%.

Para o diretor titular do Ciesp Campinas, José Nunes Filho, este quadro indica que a economia passa a dar sinais de reação positivos, pois o crescimento da corrente de comércio , que é a soma das exportações com as importações, mostra claramente que a região de Campinas que importa em sua maioria componentes para montar produtos de alta tecnologia, onde uma parte desses componentes fica no Brasil e outra parte é exportada significa que a indústria voltou a produzir. Nós temos sempre uma balança comercial um pouco negativa com mais importações que exportações, mas é claro que essas importações também são muito bem vindas, pois significa que as empresas estão produzindo mais e isso gera mais empregos e mais recursos de impostos para a sociedade”, diz.

A pesquisa de sondagem industrial referente ao mês de março realizada pelo Centro de Pesquisas Econômicas da Facamp (Faculdades de Campinas) junto as empresas associadas ao Ciesp Campinas apontam aumento nas vendas, aumento de produção e da utilização da capacidade instalada. “A economia está se recuperando. Nós estamos assistindo uma melhora, inclusive a própria sondagem nossa de março foi bastante positiva na diminuição dos estoques, na diminuição da inadimplência e a lucratividade se manteve numa posição muito boa. Nós mantivemos a situação de emprego sob controle . Tivemos 150 demissões, mas ainda temos um saldo positivo de 350 contratações no ano. Significa que paramos de cair. Isso tudo começa a dar um ânimo. É claro que as medidas macroeconômicas que o governo está tomando são medidas que vão se refletir no futuro e vão ajudar a trazer novos investimentos pela segurança de que o país não vai quebrar no futuro”, avaliou.

Nunes acrescentou que as empresas não estão investindo porque falta dinheiro e as taxas de juros no mercado financeiro são proibitivas para o empresário. “Não existe crédito disponível. Crédito quando existe é a custo altíssimo devido ao monopólio bancário que há no Brasil”, comenta.

Portal Único

O diretor do Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Renato Agostinho da Silva, esteve no Ciesp-Campinas, para apresentar as principais facilidades que o Portal Único de Comércio Exterior oferece às exportações da indústria da região de Campinas. O Governo Federal lançou no final de março um novo processo de exportações através do Portal Único que reformula os processos de importação e exportação e reduz o tempo e o custo das operações de comércio exterior. “O objetivo do portal é reduzir o prazo médio para se exportar de 13 para 8 dias o prazo total médio para realizar uma exportação e que nos coloca em patamares semelhantes aos países desenvolvidos de grandes players do comércio internacional”, explica Renato Agostinho.

Uma dessas facilidades é que a Declaração de Exportação que anteriormente necessitava de três documentos passou a ter um único documento. Agora nessa Declaração Única de Exportação a quantidade de dados para seu preenchimento também foi reduzida em 60% e passou de 98 para 36 dados. Nesse Portal estão incluídos todos os agentes envolvidos nos processos de exportação e importação.

Conforme o diretor do MDIC esse Portal Único de Comércio Exterior tem como uma de suas metas contribuir com a redução do custo Brasil, uma vez que segundo Agostinho da Silva, dados do Bando Mundial,  apontam  que cada dia a mais no processo de exportação  de uma mercadoria, representa um aumento de 1% no seu custo final. “A medida que você simplifica o processo você torna mais fluido o trânsito das mercadorias pelo território nacional e com isso reduz os custos das empresas porque as mercadorias vão passar menos tempo para serem exportadas, logo terão menos custo de armazenagem e de movimentação e isso contribui com os investimentos que o governo tem estimulado na parte de infraestrutura logística para diminuir o Custo Brasil”, detalha.

Para o diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho, o portal único de comércio exterior é muito importante para as empresas. “Isso é muito importante porque o estoque que fica parado nos portos e aeroportos seja estoque de matéria prima ou de produto acabado é capital que está parado e essas empresas ficarem com o capital de giro delas parado em portos e aeroportos representa um custo excepcionalmente alto que tira toda a eficiência e que é o tal do Custo Brasil, que a gente conhece. Por isso essa posição do Decex do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de vir a Campinas discutir com a gente e apresentar esses processos desburocratizantes são importantes e essa parceria que queremos ter sempre com o governo. Nós queremos o governo do lado. Não atrás e nem na frente. Nós queremos um governo que participe conosco e que discuta conosco as soluções que o país precisa”, conclui.

O diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso, afirmou que o Portal Único de Comércio Exterior apresentado em seminário na sede da entidade aos representantes da indústria regional, é um passo muito importante  para agilizar e dar maior competitividade às exportações e fruto de um trabalho conjunto do MDIC com o setor empresarial.

Foto: Coletiva do Ciesp Campinas.

Crédito: Roncon & Graça Comunicações

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