JORGE BAHIA ORIENTA VAREJISTA ENDIVIDADO

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) estima que as vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo devem crescer 1% em 2017, num processo lento e gradual. Para 2016, o comercio varejista do Estado de São Paulo deve apresentar uma taxa nula de crescimento, com faturamento real acumulado de R$ 580 bilhões, montante similar ao obtido em 2015.jorge-bahia-nova-3_dsc0008

Em Campinas, as vendas no acumulado do ano, de janeiro a outubro de 2016, atingiram R$ 11.14 bilhões ficando 3,11% menor que o mesmo período do ano passado, quando o faturamento atingiu R$ 11.5 bilhões. A inadimplência apresentou uma evolução de 4,20% no período de janeiro a outubro de 2016, contra o mesmo período de 2015, indicando uma pequena queda de 0,29% do período janeiro a setembro de 2016. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), as vendas do varejo apresentaram uma redução de 3,06% no período janeiro a outubro de 2016, em relação a igual período do ano passado. A inadimplência apresentou uma expansão de 4,19% no período de janeiro a outubro de 2016, abaixo dos 4,50% registrado no período anterior de 2015.

A crise econômica brasileira tem levado profissionais do varejo a sérias dívidas face ao baixo desempenho das vendas. Para o administrador, contador e consultor de empresas, Jorge Carlos Bahia, CEO do Grupo Bahia, há alternativas para o varejista endividado voltar a ficar no azul. “O varejista às vezes focado numa operação e sem suporte de muita análise econômica e financeira do negócio, ele centraliza muito estoque nas suas instalações. Muitas vezes ele tirou dinheiro do giro, de uma aplicação financeira e comprou estoque, mas efetivamente  não teve uma análise de giro de estoque, não teve uma análise de demanda de determinado produto daquele estoque e muitas vezes o estoque fica parado. Atualmente o melhor é se ter estoque para o seu consumidor e na decorrência de uma demanda maior recorrer aos fornecedores. Se você mantém estoques no seu varejo e nas suas instalações por 60 dias ou 90 dias, você está levanimage-bahia-1do o negócio a quebrar”, diz.

A lei complementar do Simples Nacional para PMEs traz a figura do investidor-anjo, que, mesmo não fazendo parte do capital social, pode investir na empresa por acreditar em suas operações. “Nessa linha de classe de investidores temos as ‘venture capital’  que destinam recursos a empresas de médio e grande porte e também as ‘private equity’ que buscam empresas que não têm o capital negociado em bolsas de valores para realizar os seus investimentos” comenta.

Considerando a existência de devedores, o mais indicado é manter a transparência. “A partir da transparência, o varejista poderá buscar por uma solução que seja favorável a ambos os lados, e garantir que isso seja demonstrado”, afirma Bahia. É importante também que o varejista trabalhe com uma macro ideia de fluxo de caixa, relacionada ao prazo médio de pagamento aos fornecedores, e qual é o seu prazo médio de recebimento quanto às vendas realizadas.

Com o controle de fluxo de caixa, a próxima atenção é em relação a quitar contas em haver, de acordo com suas prioridades. Para evitar maiores desconfortos, deve-se primeiramente quitar débitos com colaboradores e funcionários. Paralelamente, é necessário manter boa relação com fornecedores, garantindo transparência no pagamento. Ainda em primeiro plano, a questão tributária merece destaque, seja em relação a impostos e tributações relativas à atuação, bem como referente a aspectos previdenciários e trabalhistas.

 

Foto 1 – CEO do Grupo Bahia, Jorge Carlos Bahia.

Foto 2 – Reunião de trabalho no Grupo Bahia.

Crédito: Divulgação.

 

 

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