O PODER DA INTELIGÊNCIA PARA INIBIR A INSEGURANÇA NO VAREJO

ARTIGO FLÁVIO FREITAS

O segmento varejista busca, aos poucos, se recuperar do que foi considerado por especialistas o seu pior momento no século. Depois de apresentar uma queda nas receitas das lojas de 6,4%, entre janeiro a novembro de 2016, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, os comerciantes começam a tomar fôlego novamente. O próprio volume de vendas no varejo surpreendeu ao subir 1,2% em junho deste ano.Flavio_CataCompany

Muito da retomada do setor foi possível graças ao auxílio das tecnologias e dos sistemas de pagamentos e gestão financeiras disponibilizados para os empresários. Inclusive, já pude notar um aumento dessa demanda na última feira em que participei, a ExpoPostos & Conveniência. Na feira estavam presentes os principais representantes dos 40 mil postos de serviços e mais de 7 mil lojas de conveniência por todo o Brasil. Eles procuravam, mais do que nunca, soluções atraentes e seguras para um setor que ainda sofre com assaltos e dificuldades na gestão financeira.

Realmente, assim como em qualquer área, os empresários precisam se blindar de uma questão muito delicada no país: a segurança (ou a falta dela). Postos de combustíveis e lojas de conveniência são locais altamente visados para práticas de assaltos. E as tecnologias mais esperadas por esses empreendedores na feira foram exatamente aquelas de segurança, como os cofres inteligentes.

Chamo de “inteligente” porque de nada adianta ter um equipamento como um cofre sem que ele conte com mecanismos de automatização e comunicação, onde o funcionário não possa acessar facilmente o dinheiro durante o roubo, por exemplo. A própria validação das cédulas deve ser feita no ato do recebimento para também inibir a fraude – prática comum nesses estabelecimentos. Outro destaque nos cofres presentes na exposição foi a integração do equipamento com sistemas de monitoramento e alarme, informação que pode ser acessada pelo painel de controle, computador, tablet ou até smartphone.

Só para dar uma noção do tamanho desse segmento varejista, dados do mercado de conveniência das associadas ao Sindicom mostram que o faturamento do setor chega a R$ 6,8 bilhões, com distribuição majoritariamente na região Sudeste (39,7%) e sul (27,9%). Já o mercado de combustíveis movimenta R$300 bilhões. Mas, ao mesmo tempo que movimenta muito dinheiro, essas empresas também perdem muito. Os crimes nestes comércios estão subindo ao redor do país: no Distrito Federal, eles tiveram um aumento de 24% em junho com relação a maio deste ano; em Manaus (AM) foram 1.084 casos em 2016, e 237 somente no primeiro trimestre deste ano.

O que vi mesmo foi uma alta procura por tecnologias que supram as demandas por segurança e gestão eficiente financeira e o número restrito de soluções de fato “inteligentes”. E já passou da hora dos empresários testarem soluções que consigam diminuir os riscos para esse setor gigantesco. Mais do que isso, passou da hora de sermos inteligentes na definição de novas medidas de prevenção desses e de outros crimes, certo?

Flávio Freitas é Diretor Comercial da Cata Company

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