PESQUISA ECONÔMICA DO IBEF CAMPINAS APONTA PERSPECTIVAS DE RETOMADA DE CRESCIMENTO

Os executivos de finanças de Campinas estão otimistas numa retomada de crescimento da economia e a construção de um melhor ambiente de negócios. Foi o que revelou uma pesquisa econômica feita pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) seccional Campinas no período de 28 de março a 6 de abril junto a 300 associados da entidade com o objetivo de traçar umIBEF novo presidenteDOM_1457 cenário econômico e detectar alguma recuperação da economia em 2017. O IBEF Campinas é a única entidade do instituto instalada em uma cidade que não é capital estadual.

De acordo com o levantamento, 65% dos executivos consultados tem suas empresas atuando no setor de serviços, 28% na indústria, 5% no comércio e 2% em outros segmentos.

Quando abordados sobre a expectativa de desempenho de suas empresas em 2017 o cenário é bastante positivo, onde 33% acredita no crescimento das receitas superior a 10% e 54% acredita num crescimento das receitas inferior a 10%. Apenas 13% dos entrevistados apontou queda das receitas.

Com relação a realizar investimento em 2017, a pesquisa aponta que 40% pretende fazer investimento superior ao realizado em 2016 e 29% inferior ao realizado em 2016. Dos executivos ouvidos, 31% não pretendem fazer qualquer tipo de investimento em 2017.

Na abordagem sobre gestão que a sua empresa pretende priorizar em 2017. A maioria, 35% quer priorizar finanças, seguido de processos com 25%, orçamentos com 24% e Riscos e Controles com 16%.

Uma gapresentação da pesquisaDOM_1338rande preocupação em Campinas é com relação a geração de empregos ou manter os já existentes. Os executivos em sua grande maioria (56%) pretende manter os postos de trabalho existentes e 36% pretendem criar novas vagas. Apenas 8% vão diminuir e fechar postos de trabalho.

Um dado positivo é que nenhum executivo apontou reduzir o investimento em treinamento e qualificação de pessoas. Segundo a pesquisa, 19% vão aumentar o investimento e 81% pretendem manter o investimento.

No item quais os fatores que na visão da empresa vão mais impactar os negócios em 2017, 68%   disseram que é a retomada da economia, 24% a atuação da classe política, 7% a variação cambial e 1% o aumento dos juros nos Estados Unidos.

Fechando a pesquisa, os executivos foram consultados como sua empresa pretende captar recursos e 50% disse que não vai capitalizar em 2017. Outros 19% pretendem obter empréstimos em bancos de varejo, 16% aporte de proprietários, 8% empréstimos em bancos de fomento e 7% aporte do grupo controlador.

Para o sócio do IBEF Campinas e diretor de finanças e TI da 3M do Brasil, Gustavo Bicudo E Ceccato, a pesquisa demonstra claramente a intenção dos executivos de finanças com relação à retomada da economia. “Eu acho que nós vamos ver uma retomada gradual que vai se acelerar ao longo do ano. Eu acho que os executivos, o empresário e o investidor está definitivamente disposto a embarcar num processo de crescimento e investimento e para isso ele está avaliando o cenário e está em busca de um cenário que mostre que as condições estão presentes. Eu acho que claramente está se mostrando que as coisas estão estabilizadas e que existe uma expectativa de recuperação”, diz. prefeito de Campinas, Jonas DonizetteDOM_1428

Para Gustavo Bicudo o país tem hoje uma política econômica na direção correta. “Nós temos hoje uma equipe econômica que está preocupada com as questões macroeconômicas, mas também com as questões microeconômicas onde a questão do ambiente jurídico e do ambiente legal também tem um peso, então quando o empresário ou o executivo vê isto são sinais claros que quem está tomando as decisões hoje tem essa preocupação e esta responsabilidade. Eu acho que com índices de confiança hoje do empresário e do consumo já mostram isso. Não é no ritmo que a gente gostaria, não é no ritmo que a gente precisa, mas o país já está nessa nova orientação de retomada”, diz.

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, que acompanhou a apresentação da pesquisa, acredita que tudo começa a indicar que a economia parou de cair e começou a reverter. “No mês de fevereiro teve geração positiva de emprego. No mês de março a indústria automobilística aumentou bem as vendas. Começam algumas indústrias a fazerem expansão. Isso tudo são sinais positivos. Agora vamos ver a velocidade que isso vai se dar porque do mesmo jeito  que demorou para chegar nesse ponto ruim, agora também tem um tempo para essa recuperação”, destacou.

Segundo o prefeito, o papel do poder público é procurar facilitar as coisas. “A nova política demanda que a gente descomplique a relação com as pessoas e com as empresas. Nós fizemos isso em Campinas. Nós fizemos um planejamento para a cidade, um planejamento estratégico e eu falo que aquele tempo que Campinas perdeu empresas ficou no passado.Agora quando a gente vê a possibilidade de trazer uma empresa nós lutamos com unhas e dentes para que essa empresa venha para a nossa cidade porque isso gera emprego     para a nossa população. Eu acho que essa parceria entre a cidade e as empresas vai ser algo positivo para Campinas” conclui Jonas.

O novo presidente do IBEF Campinas, Marcos Ebert, fez uma avaliação do papel das organizações nesse período de recessão que já demonstra sinais de recuperação. “No contexto da crise econômica brasileira, devido a relevância da missão que desempenham, as organizações sem fins lucrativos precisam ter gestão eficiente, garantindo sua saúde financeira e perenidade. Com isso podem investir, ampliar e aperfeiçoar de modo continuo os serviços prestados. Quando agem desse modo, há lucro sim, mas para a sociedade”, declarou.

Foto 1 – Apresentação da pesquisa econômica do IBEF Campinas com o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, o novo presidente do IBEF Campinas, Marcos Ebert e  diretor de finanças e TI da 3M do Brasil, Gustavo Bicudo E Ceccato.

Foto 2 – Gustavo Bicudo E Ceccato detalha os índices da pesquisa.

Foto 3 – Prefeito Jonas na ponta e público acompanhando a apresentação da pesquisa.

Crédito: Dominique Torquato.

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