QUAL É A NOSSA RESPONSABILIDADE NA CORREÇÃO NO DESEQUILÍBRIO DAS CONTAS PÚBLICAS?

COLUNA DO CEO DO GRUPO BAHIA JORGE BAHIA

Basicamente o desiquilíbrio deficitário em qualquer nível de controle de contas está relacionado aos custos serem maiores do que as receitas. Quando abordamos as contas públicas esse também é o motivo, ou seja, gastos maiores do que as receitas.nova foto jorge bahia_DSC0313

Os gastos do poder público, tem origem, em grande parte de seu orçamento, aos fatores relacionados a pessoal e previdência social. Esses pontos são sensíveis e merecem toda a atenção dos governantes. O tempo em que esse desequilíbrio permanece ativo é um agravante sério e que, parece, passa desapercebido pelos gestores da administração pública.

Para se cobrir esses gastos excessivos, a mecânica utilizada há muito, está relacionada a aumento de impostos e busca de mais recursos no mercado para poder fazer frente aos altos déficits. Essas ações, poucos gestores percebem o quanto são prejudiciais a população e ao crescimento do país.

O aumento de tributos arruína planos da população em geral e das empresas, aumenta-se impostos, mas a expectativa de contrapartida de atendimento com qualidade daquilo que é obrigação dos Governos para com a população como saúde, educação, segurança, etc., não são vistos nem notados, pois os recursos arrecadados não são direcionados a esse fim, são direcionados a cobrir os déficits já gerados.

Se não temos o aumento de impostos temos a busca de recursos no mercado que faz com que os juros aumentem e isso venha a causar inflação, da mesma forma sacrificando a população e as atividades das empresas, diminuindo a possibilidade de geração de empregos e de crescimento sustentável. Em contrapartida a esses fatos preocupantes, temos Poderes relacionados a administração pública se auto concedendo aumentos salariais. Notamos várias manifestações de vários setores do governo tratando de mais regalias, de auxílios, de uma série de benesses que não podemos nem se quer pensar no setor privado, e nem em nossas contas pessoais.

Exemplos sobre os efeitos catastróficos desses tipos de procedimentos e posicionamentos temos visto, de forma até recente, nos causando muito espanto como foi a questão da Grécia em 2010. Naquela época países como Portugal, Itália e Espanha possivelmente preocupados em serem afetados pela crise grega acenavam com problemas de orçamento público mas conseguiram corrigir a rota de suas economias e não chegaram ao nível de problemas que a Grécia.

Aqui, no Brasil, estamos há tempos com a questão do déficit orçamentário, que aumenta a cada ano, e cujas propostas para correção não conseguem evoluir. Temos agravantes como o auxílio moradia para o Judiciário que recentemente ficou no foco da mídia provavelmente pelo tempo de visibilidade que esse Poder está tendo nos últimos anos e pelo seu dever constitucional de fazer valer a lei quando algumas concessões a ele próprio parecem estar distorcidas perante a mesma lei. Temos a reforma da previdência que não evoluiu e ficou para o próximo Governo.

Tivemos na tentativa de limitar déficits maiores a publicação, em 2016, da Emenda Constitucional 95 que propôs reduzir a proporção de gastos do poder público no PIB, conhecida como Emenda do teto dos gastos públicos.

Às vésperas de uma eleição para presidente da república o que diz seu candidato sobre esses temas, qual a proposta dele para corrigir essa situação. Como falamos o assunto é sensível pois vai impactar no que se identifica por alguns como direitos adquiridos. Não podemos deixar que mais uma vez a proposta seja aumento de impostos, aumento de inflação, aumento de juros.

Aqui está a nossa responsabilidade na correção do desiquilíbrio das contas públicas, os seus candidatos para as próximas eleições dizem o que a respeito do tema? Não podemos mudar para mantermos a mesmice que está aí há anos sem propostas de alternativas de solução para o nosso déficit orçamentário.

Jorge Bahia, consultor e sócio proprietário do Grupo Bahia, Kosio & Associados, bacharel em administração de empresas, contador, consultor de empresas, palestrante, professor em cursos profissionalizantes, sócio proprietário do Grupo Bahia Associados, com experiência profissional de mais de 20 anos em empresas multinacionais atuando na área fiscal, tributária, contábil e controladoria.O Grupo Bahia, Kosio & Associados é constituído pelas empresas Bahia, Kosio & Associados Consultoria Empresarial Ltda., Bahia & Kosio Assessoria Contábil Ltda., Bahia & Almeida Gestão de Projetos Especiais Ltda. e Bahia Gestão de Atividades Administrativas e de Controle Ltda.

 

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