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CIESP CAMPINAS ATRIBUI AO AJUSTE FISCAL QUEBRA DE EMPRESAS

24 de junho de 2015.
A indústria da região
de Campinas (SP) fechou 1.850 postos de trabalho no mês de maio. Foi o pior índice de
demissões da serie histórica para um mês de maio desde que o índice passou a
ser medido em 2003. Além disso,  a
balança comercial regional teve uma queda de 23,2% tanto nas importações quanto
nas exportações. As perspectivas  de
melhora são mínimas e a recuperação desses postos de trabalho perdidos  só devem ser recuperados em 2018. Os índices
foram apresentados ontem pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo
(Ciesp) regional Campinas durante a apresentação da pesquisa de sondagem
industrial elaborada pelo Ciesp regional em parceria com o Centro de Pesquisas
Econômicas da Facamp (Faculdades de Campinas).
Na avaliação do
diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho, a região seguiu a tendência
nacional de demissões. “No Brasil nós também tivemos uma queda recorde de
empregos. Nos últimos 23 anos foi o maior índice. Foram 115 mil perdas de
postos de emprego no Brasil. Aqui nós tivemos
desde que o índice é medido em 2003 pelo Ciesp foi a maior queda de um
mês de maio com 1.850 demissões”, comenta.
Para José Nunes Filho,
a queda registrada  na corrente de comércio
exterior de 23,2% tanto nas exportações quanto nas importações revela que as
empresas não estão vendendo, bem como também não estão produzindo porque não
estão importando componentes e tudo isso é reflexo do ajuste fiscal. “Essa
crise se aprofundou em função desse ajuste fiscal.  “Essa crise se aprofundou em função desse
ajuste fiscal com aumento da taxa de juros, aumento de tributos e aumento da
conta de energia. Tudo isso ia refletir em quebra de empresas, em
inadimplência, em inflação e em desemprego e é o que está acontecendo”, diz.
O diretor do Ciesp
Campinas disse ainda que o ajuste fiscal teria resultado positivo se o governo diminuísse
o gasto público improdutivo. “Diminuir o gasto público improdutivo não é diminuir  como eles estão fazendo agora diminuir as
verbas para educação, para a saúde, para a segurança e para a infraestrutura.
Isso não se pode mexer, mas diminuir o gasto público  com custeio, com empregos e cargos em
comissão com 39 ministérios, com essa política de acomodar e empregar os apaziguados
políticos para ter apoio político para poder implantar um projeto
político-ideológico no país que não é um projeto de país. É um projeto de
partido.”, desabafou.
No entendimento de
José Nunes Filho o aumento absurdo da taxa de juros remunera a dívida pública
que hoje está em R$ 2,45 trilhões. “Isso custa por mês quase R$ 30 bilhões,
então nós vamos ter até o final do ano mais de R$ 300 bilhões só para remunerar
os serviços da dívida. A inflação que o Brasil tem hoje não é uma inflação de
demanda. Se fosse inflação de demanda não teria empresa fechando”, concluiu.
Foto: Diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho durante coletiva aos jornalistas.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações.
Milton Paes

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