A obesidade é um dos maiores fatores de risco para desenvolvimento de câncer e de mortalidade. No Brasil, no período de 2003 a 2019, a doença (IMC igual ou acima de 30) entre os adultos
Segundo Rafael, a obesidade é uma doença que aumenta o risco de diversos tipos de câncer, como mama, útero, intestino, esôfago, dentre outros. “Ela acomete mais de 25% da população brasileira e o seu impacto tende a ser maior que o do cigarro nos próximos anos. A maioria das pessoas sabe (ou deveria saber) que o controle da obesidade não é simples e envolve vários aspectos não só biológicos e genéticos, mas também psicológicos e sociais”, avalia.
Para o médico, o principal tratamento para esta doença é a mudança de estilo de vida com reeducação alimentar e atividade física regular. “Todavia, esse método é poucas vezes efetivo, em função das diversas barreiras culturais, comportamentais e biológicas que se apresentam no caminho. Sendo assim, a cirurgia bariátrica é, hoje, o tratamento mais eficaz, à frente de medicações específicas, tendo, entretanto, possíveis consequências deletérias”, afirma.
O oncologista explica que outros estudos prévios já mostram que existe uma relação entre incidência de câncer e cirurgia bariátrica, porém poucos analisaram detalhadamente essa questão, inclusive a associação com mortalidade. “E foi isso que o estudo que saiu no dia de 3 de junho do Journal of the American Medical Association (JAMA) demonstrou. Os pesquisadores avaliaram 30.000 pacientes obesos, sendo 5.000 submetidos à cirurgia bariátrica “moderna” (ou seja, mais comumente realizada na última década) e 25.000 incluídos como “controles”. A análise – muito criteriosa da parte científica e estatística – mostrou que os pacientes que fizeram cirurgia bariátrica tiveram uma chance 32% menor de desenvolver câncer relacionado à obesidade e 48% menor de morrer por câncer. Essa redução foi tão maior quanto maior foi a perda de peso, ou seja, pessoas que perderam mais peso tiveram chances progressivamente menores de ter ou morrer por câncer”.
Para o especialista, apesar de muito bem feito, o estudo tem várias limitações que podem influenciar nos resultados e, portanto, devem ser levadas em consideração. “A principal delas é o fato de que a perda de peso do grupo da cirurgia bariátrica foi 20% maior que a do grupo controle (27,5 x 2,7kg). Isso coloca em dúvida se a redução do risco de câncer e de morte por ele tiveram como causa direta a perda de peso ou a cirurgia bariátrica em si. O que outros estudos mostram é que provavelmente a primeira opção, ou seja, perder peso, seja por mudança de estilo de vida ou com a intervenção cirúrgica, reduz as chances de neoplasia e morte por neoplasia. Isso não pôde ser avaliado neste estudo. Não só isso, a conclusão muito superficial pode deixar a entender que é diretamente a cirurgia, não a perda de peso em si, que leva aos benefícios. Perder peso sem cirurgia é, sem dúvida, um caminho mais difícil para alguns, mas pode ser a melhor opção para outros e ter efeitos semelhantes (ou até melhores) que a cirurgia, levando em conta os riscos desta”, destaca Dr. Rafael.
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