Com a pandemia e a influência de fatores econômicos, a inflação volta a ser realidade no dia a dia do brasileiro. Apesar das taxas serem muito menores que em outros momentos da história
Em 2020, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice que aponta a variação do custo de vida médio de famílias brasileiras com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos, fechou em alta de 4,52%, acima da meta do Banco Central, de 4%. Em abril deste ano, o Painel de Indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou uma inflação de 0,31%, com 6,76% no acumulado de 12 meses.
De acordo com a última pesquisa, divulgada em abril pela Associação Paulista de Supermercados (APAS), o acumulado nos últimos 12 meses chegou a 14,08%. “Somente esse dado comprova o peso que os alimentos tiveram no bolso do consumidor”, observa Silva.
Preços nas alturas
No setor de alimentos é possível selecionar cinco grupos altamente afetados pela inflação.
1º Óleos
Nessa categoria, a APAS registrou alta de 60,48%. Mais popular na mesa brasileira, o óleo de soja puxou o maior aumento com 93,48%.
2º Cereais
De acordo com levantamento da Apas, os cereais tiveram aumento de 39,68%. O arroz, item básico na mesa do brasileiro, puxou os índices com alta de 57,43%, seguido do feijão, com 13,24%.
3º Carnes
O preço das carnes bovinas registrou crescimento de 35,89%, segundo a APAS. Cortes que antes eram mais baratos também sofreram reajustes significativos, como patinho (47,91%), acém (47,45%) e músculo (45,96%).
4º Leite
Entre as cinco maiores altas está o leite, com aumento de 11,85%, e derivados como queijo mussarela, com 32,06%.
5º Tubérculos
Com aumento geral de 10,71%, a cebola (27,37%) e a batata (9,58%) responderam pelos maiores acréscimos.
Se não fosse a inflação
Além da inflação, fatores externos também contribuíram para o patamar elevado dos preços dos alimentos na pandemia. Um deles foi o dólar, que fechou em 2020 com alta de 29,33%, em relação ao real. Houve também a ampliação da demanda por produtos agrícolas no mercado internacional, que também interferiu nos preços.
Se não houvesse inflação e alta do dólar, o especialista do Sicredi calcula que a economia em uma compra no supermercado dos itens citados acima (arroz, feijão, carne, óleo, leite, queijo, batata e cebola), por exemplo, poderia chegar a uma variação de 10% a 59%, dependendo do grupo de alimento. “Sem dúvida, teríamos um panorama mais favorável ao brasileiro, especialmente quando levamos em conta o número de desempregados divulgado pelo IBGE em abril e que atingiu 14,4 milhões de pessoas”, finaliza.
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 5 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 24 estados e no Distrito Federal, com mais de 2.000 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros.
Foto: Compras nos supermercados.
Crédito: Divulgação.
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