O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas, focou em sua Sondagem Industrial no mês de abril o processo de Logística Reversa de embalagens nas empresas associadas. A pesquisa também abordou o andamento em relação às práticas para redução da emissão de carbono das empresas em razão das suas atividades – a chamada ‘pegada de carbono’.

O segundo vice-diretor do Ciesp Campinas, Stefan Rohr, também diretor do Departamento de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho da entidade, afirmou que as respostas das associadas sobre as dificuldades para atingir a meta da Logística Reversa apontam para um panorama com avanços e desafios.

Entre as dificuldades, 10% das respondentes indicaram a contratação de empresas habilitadas a executar o ciclo da Logística Reversa; para 26% delas está na aplicabilidade da Política Nacional de Resíduos Sólidos e 10% das associadas afirmam a necessidade de adequação nos contratos de fornecimento de produtos e serviços. Para 54% das empresas, essa legislação não se aplica.

O Brasil enfrenta desafios e avanços no desenvolvimento da Logística Reversa, um sistema essencial para a gestão sustentável de resíduos e o cumprimento das legislações ambientais. A Logística Reversa é uma abordagem que visa recolher, tratar e destinar corretamente os resíduos sólidos, desde sua origem até sua disposição final, priorizando a redução do impacto ambiental.

Em relação as ações que as empresas vêm desenvolvendo para reduzir as suas emissões de carbono, também denominada ‘pegada de carbono’, 55% das associadas afirmaram que já praticam ações para essa redução. Já 12% não tem nenhuma ação e para 33% não se aplica. “Avaliamos positivamente que, mais da metade das empresas já realizam ações para redução  das emissões de carbono”, acrescentou Rohr.

Sobre os indicadores econômicos apontados pela Sondagem Industrial, o diretor do Ciesp Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, afirmou que devem ser analisados com cautela. “O volume de produção em abril aumentou 41% em relação ao mês anterior, o mesmo ocorreu com o faturamento (também de 41%), entre outros indicadores positivos, como estabilidade no emprego e no nível de inadimplência. Porém, com o fim da desoneração da folha de pagamento das empresas e a insegurança jurídica que vivemos atualmente, esse quadro deverá mudar nos próximos meses, com a possibilidade de aumento no desemprego”, explica Corrêa.

Balança Comercial Regional

O primeiro vice-diretor do Ciesp Campinas, Valmir Caldana, comentou os números da Balança Comercial Regional. Em março de 2024, o valor exportado foi de US$ 296,8 milhões, 7,8% menor que março de 2023. Em março de 2024 o valor importado foi de US$ 898,9 milhões, 12% menor que no mesmo mês do ano passado. O saldo em março foi negativo em US$ 602,2 milhões, 14% menor que em março de 2023.

A corrente de comércio exterior (a soma das exportações e importações), em março de 2024 foi de US$ 1,195 bilhão, 11% menor que em março de 2023.

Em março de 2024, os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp foram Campinas (28,8%), Paulínia (22%), Sumaré (11,4%), Mogi Guaçu (10,3%) e Conchal (6,8).

Os municípios que mais importaram foram Campinas (34,5%), Paulínia (25,4%), Hortolândia (8,7%), Jaguariúna (8,4%) e Sumaré (8%). O percentual do município refere-se a sua participação em relação ao total da regional no Balanço Mensal.

Os três principais destinos das exportações da indústria regional em março de 2024 foram os Estados Unidos (US$ 58,63 milhões – 19,8%), Argentina (US$ 35,27 milhões -11,9%) e Países Baixos (US$ 22,26 milhões – 7,5%).

Principais países de origem das importações para a região foram a China (US$ 233,86 milhões – 26%), Estados Unidos (US$ 103,92 milhões – 11,6%) e Alemanha (US$ 66,01 milhões – 7,3%).

O Ciesp Campinas conta com 590 empresas associadas, distribuídas em 19 municípios da região. O faturamento conjunto das empresas associadas é de R$ 53 bilhões ao ano. Conjuntamente essas empresas empregam 97.954 colaboradores.

 

Foto: José Henrique Toledo Corrêa (Diretor do Ciesp Campinas), Valmir Caldana (primeiro vice-diretor) e Stefan Rohr (segundo vice-diretor).

Crédito: Roncon & Graça Comunicações.

Milton Paes

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