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PRODUTORES DE GRÃOS DA REGIÃO SUDESTE SERÃO IMPACTADOS PELA ESTIAGEM

13 de fevereiro de 2015.
A esperança de que
as chuvas de verão voltassem a tornar caudalosos os rios, reservatórios e
colaborasse com a agricultura, evaporou com o prolongamento da estiagem que
assola o Sudeste. Para o professor da IBE-FGV, Matheus
Kfouri Marino, especialista em agronegócio, os produtores de grão da região
terão que arcar com os prejuízos da estação.
De acordo com o
alerta divulgado no fim de dezembro pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe), o déficit de
chuvas de dezembro no Norte de São Paulo, Centro-Sul de Minas Gerais e Rio de
Janeiro se somou à anomalias do clima que impediram precipitações em outubro e
novembro, gerando uma “estação chuvosa mais fraca em seu início”, para o
Sudeste do país.
Sem as precipitações
previstas para dezembro e com a projeção de que o primeiro trimestre, conhecido
como o mais chuvoso do ano, seja de chuvas insuficientes, os produtores de
grãos como soja, milho e café da região sudeste de São Paulo e interior de
Minas serão os mais afetados pela estiagem.
O professor da IBE-FGV especialista em agronegócio explicou que a região
sudeste do país não tem tanta participação na produção de grãos do Brasil, como
a região Centro-Oeste e Sul. “A falta de chuvas vai impactar muito os
produtores de soja do estado, por exemplo, pois não conseguirão aumentar os
preços e nem ter uma boa colheita,” explica Marino.
Quando o assunto são os hortifrútis,
o produtor da região sudeste do país conseguirá inserir no valor final de venda
dos produtos os prejuízos sofridos com a escassez de chuvas. “Os produtores dos
hortifrútis, como limão, batata e jiló, conseguirão aumentar os preços de suas
safras, pois a maior produção desses itens encontra-se nessa região, sentindo
menos o impacto da estiagem,” exemplifica o especialista em agronegócio. “Os hortifrútis tem um ciclo curto de
produção, e podem ser cultivados em estufas e com sistemas de irrigação, ou
seja, os preços terão picos, subirão exorbitantemente e reduzirão logo em
seguida”, afirmou.
Foto: Professor da IBE-FGV, Matheus Kfouri Marino.
Crédito: Divulgação.
Milton Paes

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