Há mais de um ano enfrentando a pandemia do coronavírus, o setor de saúde convive com vários efeitos colaterais da covid-19, entre eles o abandono de tratamentos graves de outras doenças por parte de pacientes. Pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina aponta que 27,5% dos médicos notaram que pacientes com doenças crônicas abandonaram ou postergaram seus
Com a quarentena, muitas pessoas deixaram de realizar acompanhamento laboratorial de doenças crônicas. E deixar de realizar qualquer tratamento pode causar sérios danos à saúde, ou até mesmo, agravar o quadro. “O abandono do tratamento se reflete em tudo, seja em algum tratamento de doenças pulmonares como enfisema ou fibrose, ou em outros problemas que eventualmente o paciente já tinha, como por exemplo diabetes, colesterol e problemas cardiológicos, o que é algo muito sério”, diz Ronaldo Macedo, coordenador do Ambulatório de Doenças Pulmonares Difusas/Intersticiais do HC da Unicamp.
Nos últimos meses, porém, uma alternativa tem auxiliado a minimizar o cenário e a manter o acompanhamento é a teleconsulta. Com a necessidade de distanciamento social e com o aumento na procura por auxílio médico, em abril de 2020 a prática de telemedicina foi regulamentada no Brasil durante a crise sanitária de Covid-19. E esse novo modelo de consulta ajudou a manter uma rotina de cuidados e tratamentos.
Segundo pesquisa feita no Brasil pela Capterra (empresa que pertence à consultoria Gartner), com mais de 1.000 pacientes em dezembro do ano passado, mais de 60% dos entrevistados conhecem a telemedicina e 55% deles afirmam já terem feito uma consulta do tipo. “Nos últimos meses as consultas online aumentaram 30%. Pacientes que tratavam alguma doença pulmonar e não estavam realizando acompanhamento presencial aderiram ao método para manter uma rotina de tratamento”, destaca o médico Ronaldo Macedo.
De acordo com o especialista, muitos pacientes com covid também realizaram consultas online para manter um acompanhamento profissional durante o período de contaminação. “A telemedicina serviu como um canal para tirar dúvidas de pacientes e pedir orientação, seja para covid como para outras doenças”, completa.
Segundo o Emarketer, o mercado de telemedicina movimentou US$ 45,5 bilhões em 2020 e estima-se que esse número aumentará para US$ 175,5 bilhões até 2026. Essa é uma nova realidade na área da saúde, uma tendência que deve se manter mesmo após a pandemia. “Fica o alerta: não abandonem seus tratamentos, não deixem de ter um acompanhamento médico. É de extrema importância, principalmente nesse momento tão delicado, manter a saúde em dia”, finaliza o pneumologista.
Foto: Ronaldo Macedo, coordenador do Ambulatório de Doenças Pulmonares Difusas/Intersticiais do HC da Unicamp.
Crédito: Divulgação.
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