A diretoria nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) entrou nesta sexta-feira (27/09) com representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a Mastercard. A entidade alega conduta anticompetitiva da empresa de pagamentos, que elevou em 40% o valor pago pelas empresas na taxa de cartão de crédito da bandeira. A entidade pede a concessão imediata de medida preventiva para inibir o reajuste da tarifa.
No inicio do mês, a Mastercard anunciou que elevará a taxa de intercâmbio de 0,75% para 1,05%, reajuste de 40%. Para a Abrasel, é uma medida cometida em detrimento aos “associados, ao ambiente competitivo e, por consequência, aos consumidores”.
Outra medida cobrada pela Associação é a instauração de processo administrativo para a apuração de condutas anticompetitivas cometidas pela Mastercard, citando, como exemplo, uma condenação à mesma empresa pela União Europeia. A Abrasel pede, também, a produção de todas as provas, como apresentação de documentos, pareceres e acesso a documentos referentes às condutas reportadas na representação contra a empresa.
O presidente da Abrasel RMC, Matheus Mason, explica que o aumento da taxa de cobrança anunciada pela Mastercard prejudica o comércio como um todo e não apenas os bares e restaurantes, que na Região Metropolitana de Campinas (RMC), são cerca de 6 mil estabelecimentos, fora os comércios e serviços. De acordo com levantamento da Abrasel, mais da metade das movimentações do setor de alimentação fora do lar são realizadas através de cartões de crédito. “Para quem não é comerciante, pode parecer uma elevação pequena. Mas este percentual de 40% afeta diretamente os donos de bares, restaurantes e comerciantes, elevando custos em um momento em que fazemos todos os esforços para segurar preços”, explica o presidente da Abrasel RMC. “Muitos dos bares e restaurantes deverão repassar este custo para os clientes ou mesmo cancelar o recebimento através dessa bandeira”, alerta.
O presidente da Abrasel nacional, Paulo Solmucci, se diz confiante em relação à representação e acredita que o Cade pode emitir decisão favorável aos requerimentos. “A Mastercard já foi condenada e teve que fazer acordo na Europa”, afirma. Além da movimentação feita junto ao Cade, o empresário procurou o Banco Central (BC) para saber o posicionamento sobre o assunto.
Campanha “Mastercard, pare com isto!”
Paralelamente à ação junto ao Cade, a Abrasel deflagrou uma campanha nacional “Mastercard, pare com isto!”, com o objetivo de pressionar a operadora de cartões para recuar e reduzir os
Para Solmucci, as ações realizadas mostraram ainda mais a força que a Abrasel possui e afirma que não irá se omitir diante os abusos cometidos contra o empresário e o consumidor. “Ver os números que conseguimos atingir é importante, pois mostra a união que o setor possui e diz que não vamos ficar calados. É absurdo o que estão fazendo, já temos um dos maiores spreads do mundo e os bancos estão lucrando 20% a mais que no ano anterior. Com o aumento das tarifas eles vão lucrar ainda mais!”, afirma. “Vamos incomodar até conseguirmos mudar este cenário lamentável”, finaliza.
Foto 1 – Presidente da Abrasel RMC, Matheus Mason.
Foto 2 – Campanha Mastercard, Pare com isso!
Crédito: Divulgação.
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