O Brasil pode vir a superar a marca de US$ 1 trilhão no fluxo de comércio exterior ainda em 2024. A avaliação é do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos
Jorge Viana apresentou junto com técnicos da ApexBrasil estudos da agência sobre os BRICS, que reúne as economias emergentes Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul. No encontro, Viana e parlamentares, como o presidente da frente, Senador Irajá Silvestre (PSD-TO) discutiram o cenário político e socioeconômico dos países envolvidos e as prioridades para a promoção comercial intrabloco. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também participou do encontro.
Jorge Viana destacou a importância da diplomacia para o desenvolvimento do fluxo do comércio exterior do Brasil e atração de investimentos. “Isso é fruto do trabalho do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que voltou a exercer a chamada diplomacia presidencial. Temos a diplomacia clássica, que estamos trabalhando com o Itamaraty, e trabalhando para dentro para apoiar as empresas a exportarem mais, mas a diplomacia presidencial é o maior combustível para ampliar o fluxo do comercio exterior”, comentou. “Os Brics representam aproximadamente 21% do PIB mundial, mais de 40% da população do mundo e, em setores como o agrícola, 45% da produção mundial”, comentou Viana. “O peso do grupo no cenário mundial é evidente e busca
Jorge Viana disse ainda que os mercados dos países do BRICS trazem oportunidades, conforme aponta o recém publicado Perfil BRICS, estudo realizado pela gerência de Inteligência de Mercado da agência. O estudo identificou 1.858 oportunidades nas exportações brasileiras para o bloco, abrangendo uma grande variedade de bens, como proteína animal, alimentos processados, rochas ornamentais, plásticos, couro, produtos químicos, entre outros..
O documento aponta também a posição dos países membros no fluxo comercial brasileiro: China (1º), Índia (5º), Rússia (14º) e África do Sul (42º). Quanto aos investimentos, os países do BRICS destinaram somente 1% dos seus investimentos estrangeiros diretos ao Brasil em 2021, o que, segundo Viana, é um desafio que está na pauta dos trabalhos a serem desenvolvidos. “Em novembro realizaremos mais uma vez o BIF – Brasil Investment Forum, o maior evento voltado para investimentos no Brasil que a ApexBrasil realiza anualmente”, reforçou.
A Frente Parlamentar BRICS tem o objetivo de fortalecer as relações entre os países membros do grupo e propiciar a aproximação com os representantes do Congresso. Entre seus objetivos está o acompanhamento da legislação e das políticas que envolvam o bloco e a promoção do intercâmbio com parlamentos dos demais países membros. “Vamos passar por um novo fluxo de crescimento, um novo período de expansão”, disse Viana. “Vamos para onde? Para 1 trilhão? Com a volta do Brasil ao palco internacional e com crescimento isso é possível, e temos que trabalhar nesse sentido”, enfatizou. Ele lembra que a ampliação do comércio exterior gera emprego melhor remunerado e melhores condições para as empresas. “É nesse sentido que a ApexBrasil, que tem competência para isso e tem 20 anos de existência, quer colaborar”, concluiu.
Para Jorge Viana, a volta de Lula e a ação do Congresso, com a diplomacia parlamentar na mesma sinergia que o Executivo, vai ajudar o Brasil a crescer sua participação no comércio com os BRICS.
Fotos 1 e 2 – Encontro de trabalho com integrantes da Frente Parlamentar do BRICS promovido pela ApexBrasil.
Crédito: Jeronimo Gonzalez.
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