APEXBRASIL QUER AMPLIAR RELAÇÕES COM PAÍSES DO BRICS

O Brasil pode vir a superar a marca de US$ 1 trilhão no fluxo de comércio exterior ainda em 2024. A avaliação é do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, que recebeu nesta quarta-feira (09/09), integrantes da Frente Parlamentar do BRICS para um almoço de trabalho, em Brasília.

Jorge Viana apresentou junto com técnicos da ApexBrasil estudos da agência sobre os BRICS, que reúne as economias emergentes Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul. No encontro, Viana e parlamentares, como o presidente da frente, Senador Irajá Silvestre (PSD-TO) discutiram o cenário político e socioeconômico dos países envolvidos e as prioridades para a promoção comercial intrabloco. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também participou do encontro.

Jorge Viana destacou a importância da diplomacia para o desenvolvimento do fluxo do comércio exterior do Brasil e atração de investimentos. “Isso é fruto do trabalho do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que voltou a exercer a chamada diplomacia presidencial. Temos a diplomacia clássica, que estamos trabalhando com o Itamaraty, e trabalhando para dentro para apoiar as empresas a exportarem mais, mas a diplomacia presidencial é o maior combustível para ampliar o fluxo do comercio exterior”, comentou. “Os Brics representam aproximadamente 21% do PIB mundial, mais de 40% da população do mundo e, em setores como o agrícola, 45% da produção mundial”, comentou Viana. “O peso do grupo no cenário mundial é evidente e buscamos, com as ações da ApexBrasil, estimular o adensamento das relações comerciais, investimentos e produção de inteligência para que nossas empresas possam obter ganhos”, destacou.

Jorge Viana disse ainda que os mercados dos países do BRICS trazem oportunidades, conforme aponta o recém publicado Perfil BRICS, estudo realizado pela gerência de Inteligência de Mercado da agência.  O estudo identificou 1.858 oportunidades nas exportações brasileiras para o bloco, abrangendo uma grande variedade de bens, como proteína animal, alimentos processados, rochas ornamentais, plásticos, couro, produtos químicos, entre outros..

O documento aponta também a posição dos países membros no fluxo comercial brasileiro: China (1º), Índia (5º), Rússia (14º) e África do Sul (42º).  Quanto aos investimentos, os países do BRICS destinaram somente 1% dos seus investimentos estrangeiros diretos ao Brasil em 2021, o que, segundo Viana, é um desafio que está na pauta dos trabalhos a serem desenvolvidos. “Em novembro realizaremos mais uma vez o BIF – Brasil Investment Forum, o maior evento voltado para investimentos no Brasil que a ApexBrasil realiza anualmente”, reforçou.

A Frente Parlamentar BRICS tem o objetivo de fortalecer as relações entre os países membros do grupo e propiciar a aproximação com os representantes do Congresso. Entre seus objetivos está o acompanhamento da legislação e das políticas que envolvam o bloco e a promoção do intercâmbio com parlamentos dos demais países membros. “Vamos passar por um novo fluxo de crescimento, um novo período de expansão”, disse Viana. “Vamos para onde? Para 1 trilhão? Com a volta do Brasil ao palco internacional e com crescimento isso é possível, e temos que trabalhar nesse sentido”, enfatizou. Ele lembra que a ampliação do comércio exterior gera emprego melhor remunerado e melhores condições para as empresas. “É nesse sentido que a ApexBrasil, que tem competência para isso e tem 20 anos de existência, quer colaborar”, concluiu.

Para Jorge Viana, a volta de Lula e a ação do Congresso, com a diplomacia parlamentar na mesma sinergia que o Executivo, vai ajudar o Brasil a crescer sua participação no comércio com os BRICS.

 

Fotos 1 e 2 – Encontro de trabalho com integrantes  da Frente Parlamentar do BRICS promovido pela ApexBrasil.

Crédito:  Jeronimo Gonzalez.

Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

PALESTRA MARCA LANÇAMENTO DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO DA FAMÍLIA EMPRESÁRIA EM CAMPINAS

As empresas familiares respondem por dois terços do total de empresas no mundo. No Brasil, …

Facebook
Twitter
LinkedIn