Não há dúvida de que o pagamento do Auxilio Emergencial deve ser retomado urgentemente. Afinal, para muitos brasileiros, a emergência da pandemia não acabou. Porém, o que não se pode aceitar, é que isso sirva de pretexto para criação de um novo imposto. Aumento de carga tributária é tudo o que o Brasil não precisa.
No ano passado, foi aprovado o chamado Orçamento de Guerra, que financiou os gastos necessários ao enfrentamento da pandemia. Para a retomada de pagamento do Auxílio Emergencial, devemos seguir o mesmo caminho.
A FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) defende que seja aprovado, como no ano passado, um orçamento emergencial para custear o pagamento de três mensalidades de R$ 300 para a população mais vulnerável, cerca de 35 milhões de pessoas, o que daria um custo aproximado de R$ 32 bilhões.
Vale lembrar que, no ano passado, o déficit geral aprovado pelo Congresso e aceito pelo mercado para enfrentar a pandemia foi de R$ 916 bilhões. No final, o déficit verificado foi de R$ 703 bilhões. Ou seja, quase R$ 200 bilhões a menos do que o aprovado. Como a pandemia não acabou, nada mais justo do que socorrer os mais necessitados com um mecanismo semelhante, e não com mais impostos que tiram dinheiro da economia, dificultam a retomada da atividade econômica e geração de empregos e se perpetuam no tempo, como já vimos diversas vezes na história do Brasil. O caminho é claro: Auxilio Emergencial sim, novos impostos não. “A sociedade não aceita pagar mais impostos”, diz o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Foto: Presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Crédito: Divulgação.
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