Após cinco anos de demissões que somaram de 2012 a 2016 a eliminação de 31.300 postos de trabalho, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas, fechou com saldo positivo de 500 contratações em 2017. Em janeiro de 2018 foram 1750 contratações, no entanto, tradicionalmente a indústria tem um histórico de contratações em janeiro. Desde 2003, só houve demissões no mês de janeiro nos anos de 2005, 2009 e 2012.
O nível de emprego industrial na regional do Ciesp em Campinas teve uma variação positiva de 1,09% na geração de empregos. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 0,95%, representando um aumento de aproximadamente 1.500 postos de trabalho. O nível de emprego no mês de janeiro deste ano foi influenciado pelas variações positivas de Equipa,mentos de informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos de 3,83%; Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos de 2,91%; Veículos Automotores e Autopeças de 0,98% e Produtos Alimentícios de 1,37%.
Mesmo com números positivos de geração de vagas de emprego em 2017 e em janeiro de 2018, o diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho, acredita que não dá para prever se este ano será de crescimento da economia e de geração de empregos diante do fato que a Reforma da Previdência não será votada em 2018. “O futuro volta a ficar negativo, então a tendência das empresas pensarem em investimentos diminui, porque significa que o déficit público continua comprometido, que nós vamos ter um custo com a Previdência de quase 57% do orçamento público, que nós vamos carregar para o próximo ano mais de R$ 200 bilhões de déficit na Previdência e que nós vamos continuar desviando dinheiro do trabalhador brasileiro para alguns privilegiados do setor público”, avalia.
Na opinião de José Nunes Filho, com o déficit da previdência e com o déficit público alto no ano que vem, o governo vai ser obrigado a subir os juros para vender títulos da dívida pública, pois não teria como se financiar, a não ser pela venda desses títulos. “Isso significa que vamos ter uma tendência de voltar a ter aumento na taxa Selic para poder remunerar o título público. Isso pode paralisar novamente a economia brasileira”, diz.
José Nunes Filho, disse ainda que o Brasil é muito pouco competitivo não só no setor tributário, onde se trabalham cinco meses do ano pagar impostos, como também burocrático em diversas outras questões e isso acaba ocasionando uma fuga das empresas do Brasil. Para ele, as reformas da Previdência, tributária, política e administrativa seriam fundamentais para tornar o Brasil competitivo Segundo Nunes Filho, a região de Campinas, no entanto, deve atrair empresas em 2018 em função do potencial de infraestrutura muito forte , principalmente nas áreas de inovação, tecnologia e logística. “Sumaré é um exemplo do polo de alta tecnologia e do distrito industrial de tecnologia que está sendo montado lá e é um atrativo a mais para trazer empresas para cá, que vem atrás desse potencial de inovação e de mão de obra qualificada que existe na região. Isso continua ainda sendo atrativo, mas o Brasil de forma geral não é um país atrativo para investimento”, diz.
Comércio Exterior
Apontando para o enfraquecimento da recessão, 2017 foi marcado pela expansão da corrente de comércio e do déficit comercial na área de abrangência do Ciesp Campinas. O déficit comercial cresceu 15,2% em relação a 2016 passando de US$ 5,1 bilhões para US$ 5,9 bilhões em 2017. As importações aumentaram 14,4% e as exportações 13,1% na comparação com 2
Em janeiro de 2018 em comparação com o mesmo período de 2017 houve uma piora do saldo comercial, que passou de US$ 996,8 milhões para um déficit de US$ 1,5 bilhão.O valor é resultado de um aumento do valor importado, que passou de US$ 4,4 bilhões em janeiro de 2017 para US$ 5,2 bilhões em 2018, um aumento de 18,1%. O valor exportado também teve aumento de passando de US$ 3,4 bilhões em janeiro de 2017 para US$ 3,6 bilhões em 2018, um crescimento de 6,4%.
Para o diretor de comércio exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso, a leitura que o departamento faz é de que as empresas estão retomando suas produções. “Em 2017, os principais grupos de importações e também de exportações foram máquinas e aparelhos eletroeletrônicos. Entendemos que as indústrias começaram a recuperar um pouco de credibilidade lá forae que começou a acreditar novamente nos produtos brasileiros. A nossa perspectiva até essa semana antes desse adiamento da reforma da Previdência é de que nós iríamos ter uma evolução bastante significativa nesse primeiro semestre para as questões de exportação. A importação de máquinas significa dizer que estão modernizando o seu parque industrial, aumentando a capacidade instalada e se preparando para vender mais”, diz.
Segundo Anselmo Riso, algumas indústrias até de médio porte estão trabalhando em três turnos e não estão conseguindo atender os pedidos tanto para o mercado interno quanto para o mercado externo.
Foto 1 – Entrevista coletiva do diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho.
Foto 2 – Diretor de Comercio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso e o diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho.
foto 3 – Diretor de Comercio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações
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