As empresas familiares respondem por dois terços do total de empresas no mundo. No Brasil, elas representam mais da metade do PIB – Produto Interno Bruto – que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país ou região e são responsáveis por 75% dos empregos no país. No entanto, nem todas essas organizações familiares sobrevivem ao passar dos anos. Segundo o levantamento, 70% não sobrevivem à segunda geração. Apenas 10% passam para a terceira e 4% para a quarta. É o que aponta a pesquisa “Retratos de Família: Um panorama das práticas de governança corporativa e perspectivas das empresas familiares brasileiras”, realizada pelo ACI Institute e Board Leadership Center da KPMG, em 2021.

É para transformar herdeiros em acionistas e a família empresária em empreendedora que a fundadora da Escola da Família Empresária, sócia da Kfamily Business / Kienbaum e consultora para famílias empresárias, Juliana Costa Gonçalves, traz para Campinas o Programa de Formação da Família Empresária (PFFE), que há dois anos acontece em Belo Horizonte. A iniciativa traz disciplinas como planejamento sucessório, governança corporativa e familiar, acordo de acionistas, protocolo de família, pulverização do patrimônio e soluções jurídicas para as empresas familiares, legado e valores, entre outros.

A palestra de lançamento com o tema “O futuro das empresas familiares: os desafios da governança, compliance e riscos” será na terça-feira, dia 30 de abril, das 8h30 às 12h, no Toulon Office Center, na Avenida José de Souza Campos, 507, 5º andar, no bairro Cambuí, em Campinas (SP). O evento é gratuito e deve ser feito pelo link: https://forms.gle/BPfzBDPJGzp2NmYz9

Mais de 50% das organizações familiares não têm um planejamento da sucessão. Conflitos familiares, falta de regras e fóruns para tomada de decisões, ausência de herdeiros competentes e as dificuldades inerentes ao negócio são algumas das causas do desaparecimento das empresas familiares do mercado.

Com 20 anos de experiência na formação de famílias empresárias, a consultora destaca que é triste pensar que apenas 4% das empresas familiares chegam à quarta geração, seja por extinção ou porque não pertencem mais à família fundadora. “Falar de empresa familiar é falar de família e de empresa. Um ambiente cheio de sentimentos e emoções, como afeto, raiva, mágoas, ciúmes, envolvidos no negócio, o que dificulta muito as relações. Outro aspecto importante é que a empresa começa com sócios que se escolheram, mas a partir da segunda geração aqueles herdeiros estão ali por circunstâncias, e não por escolha.  Por isso, é tão importante a profissionalização da família e da empresa. Para ter êxito, uma família empresária precisa desenvolver a visão de futuro, propósito e uma linguagem comum. Mais do que isto: todos devem entender quais são seus direitos, deveres e responsabilidades como acionista, independente de trabalhar ou não na gestão da empresa”, diz Juliana Gonçalves, que trabalhou durante 14 anos na Fundação Dom Cabral. Ela pontua o quanto uma formação adequada faz toda a diferença no amadurecimento de uma família empresária e no alinhamento a respeito do futuro de todos envolvidos. “O PFFE faz muito bem para a família; faz muito bem para os negócios”, conclui.

Além de Juliana Costa, o evento contará também com a palestra de Adriana Moura, sócia líder de GRC (Governança, Risco e Compliance) na Grant Thornton Brasil. “Falarei sobre a Governança, Gestão de Riscos e Compliance. O objetivo da minha participação será desmistificar a complexidade e subjetividade desses temas, compartilhar exemplos para facilitar o entendimento da importância da Governança Corporativa para as empresas familiares, assim como formas para as empresas se beneficiarem de uma  efetiva gestão de riscos. É preciso esclarecer que a estrutura da Governança em cada Organização depende de uma série de fatores como apetite a risco, por exemplo, e que é um erro implementar as funções de Compliance sem que tenham uma atuação efetiva e possam contribuir para a sustentabilidade e crescimento dos negócios”, explica Adriana.

A turma do PFFE em Campinas terá início na segunda quinzena de agosto com aulas mensais às sextas (das 8h30 às 17h30) e às sextas (das 8h30 às 13h) ao longo de 12 meses, totalizando 144 horas de encontros.

 

Foto 1 – Fundadora da Escola da Família Empresária, sócia da Kfamily Business / Kienbaum e consultora para famílias empresárias, Juliana Costa Gonçalves.

Foto 2 – Adriana Moura, sócia líder de GRC (Governança, Risco e Compliance) na Grant Thornton Brasil.

Crédito: Divulgação.

 

Milton Paes

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