A celebração do Dia Internacional da Mulher, no próximo dia 8 de março, chega mostrando que, definitivamente, a situação das mulheres no mundo mudou radicalmente. Elas estão por aí, trabalhando, reivindicando, empoderando-se, provando que a equidade de gênero é mister em uma sociedade que se pretende justa, igualitária e pacífica. O mercado de trabalho assiste a um verdadeiro “boom” nos últimos anos, com a presença maciça ‘delas’ em todos setores e segmento.
O número de mulheres economicamente ativas não para de crescer, ainda que timidamente. Segundo estimativas do departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), em 2019, ‘elas’ já representam 47.140 da População Economicamente Ativa (PEA) no Brasil: índice de 44,92% para o gênero feminino e 55,08% para o masculino.
E em Campinas e região, não poderia ser diferente. Os mesmo índices aplicados na Região Metropolitana de Campinas (RMC) resultam em 923,6 mil trabalhadoras (45,00%) e 1.155,1 trabalhadores (55,00%) (cálculo aplicado à PEA e não à população). Em Campinas, 332,9 mil (49,00%) são do gênero feminino e 416,3 mil (51,00%) do masculino, conforme avaliação feita pelo Departamento de Economia da ACIC.
Também são ‘elas’ que nos últimos 15 anos lideram os lares brasileiros, e, nesse período, o total da participação de mulheres mais que dobrou, com um crescimento de 105%, representando 40,5% das residências do País. Eram 14 milhões em 2001 e, em 2015, somavam 28,9 milhões. Nesse mesmo período, o número de famílias brasileiras (de todos os formatos) aumentou 39% no mesmo período.
Os dados fazem parte de uma pesquisa feita pelos demógrafos José Eustáquio Alves e Suzana Cavenaghi, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicada no ano passado no livro “Mulheres Chefes de Família no Brasil: Avanços e Desafios”. Entre os motivos para essa expansão está o maior empoderamento feminino nas últimas quatro décadas, o que provocou maior inserção das mulheres nos estudos e no mercado de trabalho, aponta o estudo.
As atividades mais comum entre ‘elas’ na categoria MEI, por exemplo, são as atividades de tratamento de beleza (95,9%), serviços domésticos (95,6%) e a fabricação de artigos de vestuário (94,8%).
No entanto, um estudo divulgado no final de dezembro de 2019, pela Organização das Nações Unidas (ONU), aponta que as brasileiras têm mais estudo que os homens, porém, a renda ‘delas’ é 41,5% menor que a ‘deles’. E foi pensando em ampliar a visão sobre o empoderamento feminino e a participação da mulher na sociedade que a ACIC criou o Conselho da Mulher Empreendedora (CME), em 2015, busca garantir a participação plena e efetiva das mulheres no mercado de trabalho e nas posições de liderança das organizações, e abrir espaço para a voz feminina em todos os níveis de tomada de decisão, seja na vida pública ou na iniciativa privada.
O CME foi idealizado pela presidente da ACIC, Adriana Flosi, que tomou a iniciativa com base em sua própria experiência profissional. Empresária no ramo de Educação e de Eventos, Adriana foi a primeira mulher a ocupar a presidência da ACIC, em 2010, época em que a entidade completava 90 anos.
O objetivo do CME é impulsionar a cultura empreendedora junto às mulheres, por meio de abordagens de conteúdos pragmáticos, atuais e relevantes para a administração dos negócios. As reuniões são realizadas mensalmente e, desde o seu início, o Conselho já impactou cerca de 2.500 mulheres empreendedoras ou que ocupam cargos de liderança, com mais conteúdos relevantes, tais como inovação, gerenciamento e administração, marketing digital, identidade visual, desenvolvimento web, uso do LinkedIn para negócios, planejamento de marketing para PMEs, gestão de processos, finanças, inteligência emocional e liderança.
Atualmente, além de liderar a ACIC, Adriana também é presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campinas (CDL), vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e vice-presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp). “A equidade de gênero começa em ‘casa’. Por isso, quando assumi a presidência da associação busquei ocupar metade dos cargos com mulheres. O equilíbrio é que faz os negócios serem melhores para todos, homens e mulheres”, garante Adriana.
E ‘santo de casa’ também faz milagre sim. Atualmente, na ACIC, 60% dos colaboradores são do sexo feminino e, dos cargos de liderança, 60% são ocupados por ‘elas’. “Isso trouxe resultados, pois o quadro de associados cresceu 100% em sete anos”, atesta Adriana.
Foto: Presidente da ACIC, Adriana Flosi.
Crédito: Divulgação.
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