O número de brasileiros obesos em uma década saltou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016. A ocorrência de doenças crônicas como diabete e hipertensão arterial também cresceu no País, chegando, respectivamente, a 8,9% e 25,7% da população. Esses números fazem parte de pesquisa recente divulgada pelo Ministério da Saúde. Na avaliação da médica endocrinologista, Suzikelli Souza, esses dados são preocupantes e confirmam pesquisa divulgada em 1998, que já apontava o crescimento da obesidade infantil no Brasil. “Passados quase 20 anos, esse quadro piorou ainda mais”, acrescenta.
Para a endocrinologista é preciso urgentemente que o brasileiro mude o seu hábito alimentar, “atualmente calcado no excesso de consumo de açúcar, carboidrato e gorduras das mais diferentes formas, como a contida nos salgadinhos”. Suzikelli Souza explica que esse consumo excessivo de açúcar, provoca o aumento da produção de insulina pelo próprio organismo, o que provoca o diabete e o aumento no corpo das chamadas gorduras visceral e abdominal, tão prejudiciais a saúde.
A especialista alerta para que as pessoas evitem as gorduras saturadas, contidas nos salgadinhos e outros produtos ultraprocessados (a fabricação envolve diversas etapas e técnicas de processamento e vários ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial) – que são ruins para o organismo e consumam as chamadas poli-insaturadas, que são as boas e estão contidas em alimentos como castanhas, nozes e salmão e outros que são originários da natureza.
Outro fator negativo no padrão alimentar atual dos brasileiros, Suzikelli afirma que é o baixo consumo de proteínas – carne, peixe e frango. O ovo é outro alimento que a médica sugere que seja incorporado ao cardápio de proteínas do brasileiro, que pode ser cozido, para se evitar o óleo da fritura. “Recomendo sempre que as pessoas fiquem atentas para a qualidade da alimentação que estão ingerindo. Evitem ao máximo os alimentos ultraprocessados, que em geral tem alto teor de gordura, que garante a maior validade desse alimento. Optem por um cardápio variado, com legumes, verduras e frutas. Arroz e feijão, consumido de forma moderada, é outra boa opção. Não substituam o jantar por um lanche. Lembrem-se que, alimentos variados e naturais ajudam no necessário equilíbrio hormonal de nosso organismo”, afirma Suzikelli Souza.
A médica avalia que esses números de obesidade e doenças crônicas crescentes estão também ligados a falta de atividades físicas das pessoas. “O sedentarismo é outro grande problema de saúde pública. As crianças não brincam mais e nem fazem atividades físicas regulares. Isso vai torná-las adultos obesos e com grandes possibilidades de adquirem essas doenças relacionadas”. Suzikelli afirma que as pessoas precisam entender que alimentação saudável e equilibrada e atividade física regular são as melhores formas de se ter longevidade com vida saudável.
Foto: Médica endocrinologista, Suzikelli Souza.
Crédito: Divulgação.
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