A morte do empresário Abilio Diniz, aos 87 anos, no último domingo (18/02) causou uma comoção nacional. Da primeira loja do Pão de Açúcar à Península Investimentos, o empresário construiu
Para Fernando Canutto, sócio do Godke Advogados e especialista em Direito Societário, a reação do mercado financeiro pode levar a oscilações nas ações das empresas que tinham participação de Diniz. ” A reação do mercado financeiro a eventos como o falecimento de um empresário de grande influência pode variar, dependendo da percepção dos investidores sobre a estabilidade futura da gestão e governança das empresas envolvidas. Geralmente tais eventos podem levar a uma volatilidade temporária nas ações das empresas afetadas”, aponta.
Outra questão complexa, e ainda mais quando falamos de uma fortuna como a de Diniz, é a divisão de bens. O processo, porém, deve ser facilitado em casos como o de Abilio Diniz. “A Península Investimentos é o que podemos chamar de Family Office e que é uma estrutura por meio da qual se garante a continuidade da livre gestão patrimonial, mesmo durante um eventual inventário dos bens que, porventura, ainda estivessem em nome de Abílio. Além de, é claro, ter realizado o planejamento sucessório e patrimonial, ainda em vida, ter o potencial de gerar uma economia enorme no ITCMD (imposto de transmissão que incide no inventário e na doação), barateando os custos”, analisa Luiz Felipe Baggio, consultor jurídico, especialista em Planejamento Sucessório, Proteção Patrimonial e Family Office, e co-fundador da Evoinc.
Baggio, inclusive, explica o que deve acontecer com a holding de investimentos da família do empresário morto no domingo. “A implementação de Holdings Patrimoniais e de Participações, sob a égide de uma Holding Familiar, no caso de Abílio, a Península, é uma estratégia que visa não apenas a gestão centralizada do patrimônio, mas também o planejamento sucessório e a preservação da continuidade dos negócios após a morte do patriarca ou matriarca. Quando um indivíduo com grande patrimônio estabelece Holdings Patrimoniais e de Participações e, por sua vez, concentra a gestão destas em uma Holding Familiar, ele está buscando não apenas eficiência na administração dos bens, mas também assegurar a sucessão de forma organizada e estável. É neste ponto que se encontra o núcleo do planejamento sucessório”, conclui.
Foto 1 – Fernando Canutto, sócio do Godke Advogados e especialista em Direito Societário.
Foto 2 – Luiz Felipe Baggio, consultor jurídico, especialista em Planejamento Sucessório, Proteção Patrimonial e Family Office, e co-fundador da Evoinc.
Crédito: Divulgação.
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