ARTIGO DE EDUARDO VALÉRIO
O empreendedorismo brasileiro em solo norte-americano cresce constantemente. Dados divulgados em 2016 pelo Consulado dos Estados Unidos em São Paulo registram um aumento anual de 86% no número de empreendedores do Brasil a sediar suas empresas em estados americanos. Já o Ranking de Internacionalização de Franquias Brasileiras, divulgado no fim de 2017, pela Fundação Dom Cabral, mostra que a procura de negócios fora daqui é uma tendência depois da crise. Das 65 empresas pesquisadas, 42% esperam entrar em novos países neste ano.
Para que o progresso aconteça, no entanto, é necessário atenção a alguns cuidados e ferramentas para a expansão internacional. O primeiro passo é conhecer as diferenças de mercado entre os dois países, as regras e os processos que os definem. Depois, é preciso ter estrutura e solidez para acompanhar o crescimento que se vislumbra. A formação desta base de atuação é um dos pilares da Governança Corporativa, fundamental para qualquer empresa que deseja ter sucesso fora de seu país de origem.
Indispensável também é o Planejamento Estratégico. Ele deve ser estruturado de forma clara, reunindo todas as análises de oportunidades e os riscos identificados para a expansão da empresa. Planos detalhados de crescimento, indicadores e controles de desempenho periódicos, além da meritocracia na gestão, devem integrar o cronograma.
Importante, ainda, é separar internacionalização de exportação. Internacionalizar um negócio implica em atuar diretamente em mais de um país, com estrutura própria, produção, etc. A internacionalização de qualquer empresa passa por profundos estudos das oportunidades em outro país, da posição/vantagem competitiva que a empresa terá, como poderá replicar seus processos e operação. Deve-se, também, levar em consideração os fatores onde ela será mais competitiva e desenvolver sua estratégia nesta direção, avaliando os riscos envolvidos na operação. Muitas vezes, é melhor avaliar com mais cuidado as oportunidades eventualmente mal exploradas no seu país de origem.
EMPRESAS FAMILIARES
No caso de empresas familiares, é essencial ter um claro entendimento da divisão dos papéis principais de gestão: controlador, gestor e membro familiar.
Uma empresa familiar necessita ter muito bem definida a forma da Governança, como também estabelecer minimamente de que maneira serão tomadas as decisões.
A Governança Corporativa definirá como a empresa será administrada, como serão tomadas as decisões, o compromisso dos seus gestores e controladores com os objetivos estratégicos e, sobretudo, a clara separação dos papéis do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva.
Eduardo Valério é graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Estratégia e Marketing pela Kellogg School of Management, especialista em Governança Corporativa para Empresas Familiares pela The Wharton School, Pennsylvania e especialista em Gestão pelo Insead. Eduardo é diretor-presidente da GoNext, especializada em gestão de negócios e implantação da governança corporativa em empresas familiares.
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