13 de fevereiro de 2015.
O presidente da
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Fábio
Meirelles, defendeu maior transparência e esclarecimento à população sobre a
crise hídrica. Segundo ele, há muitas críticas infundadas contra a agricultura,
que tem sido colocada como vilã da crise hídrica, por pretenso consumo
demasiado de água. “Nós não desperdiçarmos água. Não criamos nenhuma estrutura
negativa. A questão hídrica faltou uma série de políticas que deveriam ser
desenvolvidas, mas ninguém esperava também um clima tão seco”, disse. “O
agricultor é muito responsável, ele precisa da água para sobreviver, pois caso
contrário não pode ficar na propriedade, então ele cuida da água” completou.
Meirelles ressalta
que a água disponível para a utilização das plantas, excetuada a
evapotranspiração, que é a evaporação do solo mais a transpiração das plantas,
é de cerca de 10% da precipitação e o que é realmente consumido é muito menos
que isso, a maior parte retorna ao ciclo hidrológico.
Segundo Fábio
Meirelles a grave situação hídrica tem merecido atenção permanente da Faesp,
que vem promovendo amplas consultas com sindicatos e dirigentes rurais para
avaliar as perdas e consequências. De acordo com ele, eventos climáticos
extremos tem sido cada vez mais frequentes. Diante disso, Meirelles destaca a
importância de um seguro rural amplo e efetivo, capaz de assegurar renda aos
empreendedores rurais. “É preciso garantir linhas de crédito com taxas de juros
acessíveis, a fim de possibilitar a implementação de novas tecnologias e a
superação das dificuldades impostas pelo clima. A prorrogação das dívidas é
fundamental para garantir a oportunidade de quitar débitos e manter as
atividades produtivas”, destacou.
Foto: Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Fábio Meirelles.
Crédito: Milton Paes.
