O mercado está
carente de CEOs e o motivo é que como as metas não são alcançadas as empresas
alteram constantemente o quadro de executivos. A taxa de
rotatividade dos profissionais que comandam as empresas no Brasil tem
registrado crescimento a cada ano. Só no ano passado, 22,8% dos cargos de
comando foram alterados. Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada pela
CEO Succession. O principal motivo para as mudanças é o fracasso no cumprimento
de metas, o que evidencia a necessidade de uma melhor capacitação dos CEOs
brasileiros.
A formação, o
relacionamento e a troca de experiências são apontados por CEOs como os
principais pontos que podem auxiliar no desenvolvimento dos dirigentes. A
especialista em recrutamento de altos executivos e diretora da Business
Partners Consulting, Viviane Gonzalez, revela que o mercado para esses
profissionais está cada vez mais exigente, disputado e difícil. “Isso acontece
principalmente pela exigência de retorno em prazos cada vez mais curtos. Antes,
os CEOs tinham um tempo de médio ou longo prazo para mostrar resultados. Hoje,
a cobrança é muito forte e, se o resultado não vem de imediato, a mudança é
feita”, aponta Viviane.
A especialista
destaca que este cenário também provoca um desafio a mais para as empresas que
é a procura pelo perfil ideal. “O candidato a CEO deve ser altamente capacitado
e possuir um perfil específico, o que não é fácil de ser encontrado, sobretudo,
porque esses profissionais são muito jovens e carentes de bagagem”, afirma.
O presidente da
IBE-FGV, Heliomar Quaresma, lembrou que a crise de 2008 foi fruto de
um excesso de otimismo de um lado, mas em especial pela ganância e arrogância
de dinheiro a qualquer custo dos executivos que estavam dirigindo as empresas e
houve uma crítica às escolas de negócios que não alertaram para isso e com isso
os currículos foram reformulados. “Nós estamos reforçando a necessidade da
abordagem e da sustentabilidade ser uma constante no planejamento das
organizações e dos CEOs”, diz.
Um estudo divulgado
pela revista britânica Times Higher Education (THE) mostra que a Fundação
Getulio Vargas (FGV) é a melhor instituição do Brasil para a formação de CEOs e
apontou, também, a escola de negócios como a 35ª melhor do mundo para a
formação de executivos que ocuparão cargos de liderança nas maiores empresas. O
estudo, denominado Índice Alma Mater: Executivos Globais, teve sua primeira
edição em 2013. Segundo a publicação, a metodologia utilizada contou com uma
lista das 500 maiores empresas do ano. Após as análises de currículo dos CEOs,
foi possível chegar às 100 instituições que mais contribuíram com a formação
dos estudantes.
O formato da
programação e o resultado obtido pelos participantes do CEO FGV foram os pontos
que mais contribuíram para esse resultado. A metodologia utilizada pela
instituição, com encontros periódicos entre CEOs que envolvem palestras,
discussões de grupo, exemplos reais, exercícios de equipe, troca de
experiências e participação restrita a altos executivos, é considerada um
diferencial pelos participantes. “Essa interação gera um compartilhamento de
experiências e enriquece o programa. Esse conjunto possibilita um
desenvolvimento real das competências de gestão de pessoas, processos e
negócios”, aponta o diretor financeiro da STEMAC (Grupos Geradores e Soluções
em Energia) e aluno do CEO FGV, Valdo Marques Junior.
Para o presidente da
IBE-FGV, a maior conveniada da Fundação Getulio Vargas no interior Paulista,
Heliomar Quaresma, a participação restrita a altos executivos e a seleção
criteriosa faz com que os CEOs encontrem no programa a experiência e bagagem
necessárias para o cumprimento de suas metas. “A formação de líderes é uma
marca da instituição. A qualidade do ensino, o relacionamento entre pessoas
focadas em objetivos comuns e com experiências a compartilhar faz com que
tenhamos profissionais de altíssimo nível, com habilidades que as empresas anseiam
em um mundo corporativo tão dinâmico”, diz.
