O Projeto Aquavert, do Instituto Mamirauá, tem como objetivo a conservação e o
monitoramento de espécies nativas ameaçadas de extinção, nas Reservas Mamirauá
e Amanã, na região do Médio Solimões, no Amazonas, somando uma área de mais de
três milhões de hectares. A iniciativa conta com patrocínio da Petrobras desde
sua criação, em 2010, e seu trabalho nas áreas de proteção garantiu o
nascimento de aproximadamente 42 mil filhotes de quelônios e o monitoramento de
mil tartarugas-da-amazônia, espécie mais ameaçada da região. Além disto,
pesquisadores marcaram e monitoraram 40 fêmeas de jacaré-açu e reabilitaram dez
filhotes de peixes-boi amazônicos, sendo que três deles serão devolvidos à
natureza ano que vem. Em uma expedição no Rio Purus, eles avistaram 1640
golfinhos da espécie tucuxi e 528 botos vermelhos, descobrindo que este é um
dos principais pontos de concentração de golfinhos na América do Sul. Ao todo,
o projeto envolveu 6 mil pessoas em atividades de educação ambiental, pesquisa
e tratamento de animais.
Já os projetos Pacto das Águas e Encauchados Vegetais da Amazônia, patrocinados
pela Petrobras desde seu início, em 2007 e 2009, respectivamente, têm a
floresta como foco de suas atividades, preservando, juntos, uma área de cerca
de 2,3 milhões hectares. Neste ano, o Pacto das Águas conseguiu ampliar a área
protegida de 800 mil hectares para 1,9 milhão de hectares, abrangendo a região
amazônica localizada entre o noroeste do Mato Grosso e o sudeste de Rondônia e
beneficiando uma população de 3 mil pessoas. Ele conta com a participação de povos
indígenas e seringueiros que, de 2007 a 2012, realizaram o plantio de 1,2
milhão mudas de espécies nativas, como açaí, pupunha, castanheira e
cerejeira, e a produção de 90 toneladas de borracha e de cerca de 1,5 milhão de
quilos de castanha do Brasil, que gerou R$ 4,8 milhões para os povos da
floresta.
Desde 2009, o Projeto Encauchados Vegetais da Amazônia já beneficiou mais de
1.500 pessoas, em 17 municípios do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia. Povos
indígenas, seringueiros, ribeirinhos, quilombolas e agricultores familiares que
participam da iniciativa desenvolveram, em parceria com pesquisadores da Instituição
Polo de Proteção da Biodiversidade e Uso Sustentável dos Recursos Naturais, que
realiza o projeto, uma tecnologia simples e de baixo custo que utiliza o látex
extraído de seringueiras nativas misturado a fibras vegetais, tais como caroço
e fibra do açaí, pó de madeira e ouriço da castanha, para a produção de
artesanatos, conhecidos como encauchados. Os artigos são vendidos em feiras
regionais e no exterior. Com produção anual de 10 mil litros de látex de
seringueiras nativas, já foram produzidos 100 mil peças artesanais desde o
início do projeto. Por meio da iniciativa, foi possível aumentar em 60% a
geração de renda dos produtores e proteger uma área que hoje totaliza
aproximadamente 370 mil hectares.
A cada dois anos, a Petrobras realiza seleção pública de projetos, como forma
de democratizar o acesso aos recursos e garantir a transparência do processo de
patrocínio, o que incentiva o surgimento de novas iniciativas, como a da
Associação Vida Verde da Amazônia, no município de Silves, a 200 quilômetros de
Manaus. Selecionada pela companhia em 2012, ela capacita 133 mulheres de
comunidades locais para a extração e produção sustentável de óleos vegetais e
cosméticos naturais, com a meta de plantio de 3 mil mudas nativas para a
reposição florestal na região.
Em novembro de 2013, foi lançado o novo Programa Petrobras Socioambiental, que
reunirá projetos sociais, ambientais e socioesportivos, com investimento de R$
1,5 bilhão, entre 2014 e 2018.
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