INDÚSTRIAS DA REGIÃO DE CAMPINAS REAGEM A CRISE E REGISTRAM ALTA DE EMPREGOS, DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas divulgou ontem a pesquisa de sondagem industrial elaborada pelo centro de pesquisas econômicas da Facamp (Faculdades de Campinas) referente ao mês de julho deste ano. Segundo o levantamento o mês de julho foi positivo na contratação de empregos e num aumento das importações e das exportações. Na avaliação do diretor titular do Ciesp Campinas, José Nunes Filho, os índices demonstram uma leve retomada econômica na região. “Em alguns setores essa retomada já está acontecendo, principalmente, setores ligados ao agronegócio e a cadeia produtiva de alimentos. Os setores de bens duráveis já demoram mais porque dependem muito do crédito e o crédito está muito escasso e muito caro, então o que nós estamos assistindo agora é uma estabilização do nível de emprego. Nós tivemos um ganho de 200 postos de emprego no mês de julho e  no acumulado do ano nós também temos um saldo positivo de 200 postos de trabalho, o que significa que hoje estamos em equilíbrio, mas a contratação forte ainda não aconteceu e isso é muito importante para que a roda do consumo também volte a girar”, diz.

A região englobando os municípios atendidos pelo Ciesp Campinas registrou um saldo comercial deficitário de US$ 652 milhões em julho de 2017, ou seja, um crescimento de 23,7% em relação a julho de 2016, quando o déficit foi de US$ 527 milhões. As exportações tiveram uma expansão de 6,2% passando de US$ 239,6 milhões em julho de 2016 para US$ 254,4 milhões  em julho deste ano. As importações também registraram avanço de 18,2% passando de US$ 766,6 milhões em julho de 2016 para US$ 906,4 milhões em julho de 2017. Com isso a corrente de comércio, na comparação  do mês de julho entre 2016 e 2017, apresentou um aumento de 15,4%.

Para a diretora adjunta de comércio exterior do Ciesp Campinas, Carmem Pavin, o aumento das importações e das exportações soa positivas indicando uma certa retomada do processo produtivo na região. “Nós crescemos na exportação isso significa que estamos exportando mais e o pessoal está conseguindo abrir mais negócios, então as empresas estão investindo e com isso a gente espera que também está aumentando o nível de empregos também. A importação aumentando também é importante para nós porque as empresas estão produzindo. Em uma reunião em Viracopos, o pessoal disse que realmente em julho eles bateram recordes nas importações e já voltaram aqueles patamares que tinham há 2 anos atrás e com isso estão bem otimistas”, diz.

Para Carmem Pavin o Governo Federal está fazendo algumas mudanças na legislação para facilitar mais as exportações e as importações. “Essas mudanças são fundamentais. Uma delas foi o ex tarifário. A gente pagava 2% e agora paga zero. Isso é um investimento que o empresariado vai fazer no país porque vai poder importar máquinas e equipamentos e bens duráveis com uma alíquota e 0%”, explica.

O ex tarifário é um benefício concedido as empresas na importação de máquinas e equipamentos para seu parque fabril. O imposto em média, sem o benefício, custa 14%. No ex tarifário, a empresa precisa provar ao governo que aquele equipamento não possui similar na indústria nacional e o governo reduzia a alíquota para 2%, mas atualmente este percentual é zero proporcionando automaticamente uma redução em toda a cadeia de impostos como IPI, PIS/Cofins e ICMS.

Foto 1 – Entrevista do diretor do Ciesp Campinas ao jornalista Milton Paes.

Foto 2 – Diretora adjunta de Comércio Exterior do Ciesp Campina, Carmem Pavin.

Crédito: Roncon & Graça Comunicações.

Milton Paes

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