Consequência do aumento desordenado da urbanização, a degradação ambiental tem provocado grande desequilíbrio ao meio ambiente. O paisagismo, quando bem planejado e implantado, reduz a cor cinza do concreto, integra as áreas e promove vidas, o que contribui para a conservação e a melhoria ambiental urbana. Arborização, calçadas verdes e jardins verticais estão entre as estratégias que podem ser colocadas em prática na sociedade. 

Atualmente, a maioria das cidades lida com uma distribuição desigual dos espaços verdes. Segundo o Engenheiro Agrônomo e Paisagista Bob Trapé, de Campinas, além da contribuição estética, o trabalho de paisagismo é um instrumento para a preservação do ecossistema, pois ameniza o calor, eleva a umidade, melhora a drenagem da água, diminui as chances de erosões e favorece a avifauna. “Um profissional não pode se limitar a desenvolver projetos meramente decorativos. Por menor que seja o espaço disponível, é sempre possível aproximar o homem da natureza, promover melhorias na qualidade de vida e equilíbrios ambientais”, esclarece.

A implantação dos jardins verticais leva o verde para áreas com espaços físicos limitados, como muros, fachadas, varandas e até mesmo no interior de lojas e residências. Além do enriquecimento ornamental, diminui a temperatura do ar, umidifica o ambiente e pode ser usado para a produção de alimentos, como tomates, pepinos e ervas. “Eles otimizam os lugares e mantém o verde que tanto queremos perto de nós, mesmo em ambientes menores onde não imaginaríamos ter tantas plantas. É uma excelente solução”, explica Trapé.

Já a calçada verde auxilia a penetração e a drenagem da água das chuvas no solo, o que diminui os riscos de alagamentos e alimenta os lençóis freáticos. A técnica também absorve carbono e permite que as raízes das árvores se desenvolvam com mais espaço, facilitando a busca por nutrientes.

Outra ferramenta ambiental é arborização, que pode ser projetada em canteiros centrais, praças e parques, ameniza a poluição visual, potencia a remoção de poluentes da atmosfera, purifica o ar e proporciona sombras.

Para o paisagista agrônomo, o principal fator a ser levado em consideração para manter um equilíbrio estético e ambiental é a fisiologia das plantas, como tamanho, origem, necessidade hídrica luminosidade e etc. “Em Campinas, vemos muitos canteiros de flores sazonais, que ficam bonitas e floridas em alguns meses, mas precisam ser substituídas o ano todo. Teremos uma qualidade ambiental urbana muito maior quando entendermos as características de cada espécie e os lugares adequados para a utilização”, finaliza Trapé.

Pela experiência do agrônomo e paisagista formado pela USP, Bob Trapé nasceu a Bob Trapé Paisagismo. Os 12 anos nesta área possibilitou a Bob a participação em mais de 300 atividades, entre projetos e obras de implantação, tanto em grandes construtoras e empreendimentos como em residências. A empresa oferece consultoria técnica, mão de obra treinada e conta com um viveiro próprio, com produção e o cultivo de plantas ornamentais.

 

Foto 1 – Engenheiro Agrônomo e Paisagista Bob Trapé.

Foto 2 – Jardins verticais.

Crédito: Divulgação.

Milton Paes

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