21 de agosto de 2015.
Cada vez mais profissionais, notadamente os
liberais, que possuem durante o ano base várias fontes de recebimentos, ficam
surpresos quando fazem a declaração de ajuste anual, momento em que
apura-se a diferença a pagar. Imediatamente surge a pergunta: Como isso é possível, se durante o ano já
houve o desconto do imposto de renda na fonte?
Há casos ainda mais impactantes, onde determinados
contribuintes recebem de diversas fontes valores mensais que não têm a
necessidade de retenção. Exemplificando, hipoteticamente, o profissional
que recebeu de 10 (dez) fontes pagadoras R$ 12 mil de cada uma, ao ano e, sendo
valores mensais e iguais a R$ 1.000,00 não teria obrigação das citadas
fontes efetuarem a retenção de imposto de renda mensal. No entanto, ao
fazer a sua declaração anual de ajuste, as rendas precisam ser
somadas, totalizando R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) que gerariam, em
média, valor aproximado de R$ 20 mil a pagar de imposto.
Ao conhecer com mais detalhes a legislação, o
contribuinte poderá se posicionar estrategicamente perante o Fisco e aplicar
mensalmente o valor que seria devido de IR a ele, mesmo que isoladamente
aquela renda não atinja tal retenção. Dessa forma, ao apurar o valor a pagar já
haveria sua reserva para este fim e, inclusive, geraria uma renda extra
dos valores aplicados durante o ano. No entanto, há quem não tenha
o devido conhecimento, e fica extremamente perplexo quando
descobre o valor que terá que pagar aos cofres públicos, através desta
declaração anual de ajuste, podendo comprometer seu orçamento. “Portanto, é importante que o
contribuinte faça mensalmente um fundo de reserva. Uma outra opção
seria recolher, de forma facultativa e também mensal, o imposto (chamado
complementar) através do DARF código 0246, assim sua declaração
anual de ajuste, o imposto devido apurado, já teria sido pago, não gerando
nenhum desconforto, além de não afetar sua renda”, comenta Sandro
Rodrigues, contabilista e sócio fundador da Attend.
Foto: Contabilista e fundador da Attend, Sandro Rodrigues.
Crédito: Divulgação.