Uma cirurgia realizada na PUC-Campinas por médicos do grupo MiniPed trouxe alívio a um paciente de apenas seis anos, que desde os seis meses de idade apresentava dificuldade de evacuação. Foi a primeira vez que uma videolaparoscopia — um método minimamente invasivo — foi realizada no Hospital da PUC. O garoto apresentava quadro clínico de dores abdominais fortes e
A intervenção foi realizada pela primeira vez na PUC pelo Dr. Rodrigo e pela Dra. Renata de Barros Guerra, integrantes do grupo MiniPed. O paciente se beneficiou pela técnica bem menos agressiva do que a utilizada em cirurgias convencionais. Graças a essa característica da videolaparoscopia, a recuperação foi rápida e sem intercorrências.
Durante o acompanhamento clínico, não foi possível detectar as causas da constipação. “O caso desse paciente é atípico. É o que chamamos de causa idiopática, quando não apresenta causa aparente”, afirma o Dr. Rodrigo.
Diante desse quadro, veio a opção pela videolaparoscopia. O objetivo foi exteriorizar o apêndice cecal na pele da cicatriz umbilical. “Após o procedimento, o paciente realiza as lavagens intestinais com menos frequência e mais facilidade. As lavagens intestinais são feitas para que o paciente consiga esvaziar o intestino, já que não consegue evacuar espontaneamente”, detalha o Dr. Rodrigo.
O ganho na qualidade de vida do paciente é significativo. Com a mudança do apêndice cecal para a pele, ele não precisa mais realizar as lavagens com a sonda no reto. “A lavagem pelo apêndice é um método mais confortável e eficiente, já que dessa forma ele consegue esvaziar todo o cólon, que fica limpo por mais tempo”, compara o Dr. Rodrigo Garcia.
A partir de agora, o garoto deve ter uma alimentação correta, como muitas fibras e água. “O paciente apenas precisa evitar alimentos com farinha branca, que na verdade é uma postura que quase todas as pessoas deveriam ter”, orienta o Dr. Rodrigo.
Formado por médicos cirurgiões que realizam procedimentos minimamente invasivos, o grupo MiniPed atua na Região Metropolitana de Campinas, na capital São Paulo e no Sul de Minas Gerais. O diferencial do grupo é a vantagem técnica de atuar em espaços reduzidos — como o corpo de uma criança — e com menos risco de sangramento e menor tempo cirúrgico, o que beneficia pacientes que não conseguiriam ser operados de forma tradicional, como idosos e pessoas com comorbidades. Entre as metodologias oferecidas pela equipe estão a cirurgia robótica, laparoscopia e toracoscopia.
Foto: Dr. Rodrigo Garcia, pioneiro em cirurgia pediátrica robótica no interior de São Paulo.
Crédito: Divulgação.
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