O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas apresentou nesta terça feira (26/02) a primeira sondagem industrial do ano apontando uma ‘leve recuperação’ na
Para José Nunes Filho, com relação ao emprego, esse otimismo ainda não se transforma em geração de novas vagas, em criação de novas empresas e de desenvolvimento das empresas, pois segundo ele, o problema a partir de agora passa a ser financeiro. “As empresas estão descapitalizadas, endividadas com bancos, com o Estado brasileiro e com tributos. Não existe crédito. O crédito é muito caro no Brasil. Nós vivemos na mão de um cartel bancário de 5 bancos, que dominam isso. Só eles que ganham dinheiro no Brasil e não financiam a pequena e média empresado país. Nós temos um banco de desenvolvimento que só financia empreiteira, que paga comissão para político e financia obras em outros países, mas não no Brasil”, justifica.
No entendimento do diretor do Ciesp Campinas, além das reformas é preciso reverter a situação do crédito no Brasil, do sistema bancário brasileiro e do sistema dos bancos de desenvolvimento para que invistam no país, nas empresas brasileiras, com uma irrigação de crédito suficiente e a custos compatíveis com a economia brasileira. José Nunes Filho chamou de juros “pornográficos”, os percentuais que são cobrados atualmente pelos bancos. “Sem isso, não vai haver desenvolvimento e nós vamos continuar sem empregos, infelizmente”, afirma.
O diretor do Ciesp-Campinas justificou essa expectativa positiva em função de alguns números apresentados na Sondagem Industrial de Janeiro. O volume de produção da indústria regional em janeiro em relação a dezembro aumentou 46,67%. O número de funcionários nesse mesmo período permaneceu estável para 56,67% dos respondentes. O faturamento aumentou para 53,33% dessas empresas nesse período. A inadimplência permaneceu inalterada para 87% das indústrias. Outro ponto positivo destacado pelo diretor José Nunes está no aumento da utilização da atual capacidade instalada de produção – 46,66% das indústrias afirmaram que estão operando na faixa entre 70,1% e 80% em janeiro.
José Nunes Filho disse ainda que na sondagem industrial, os respondentes se mostraram confiantes no novo governo Jair Bolsonaro e nas reformas da economia brasileira, que estão sendo propostas. Segundo Nunes Filho, 99,69% acreditam que tanto o novo governo, quanto as propostas apresentadas vão trazer benefícios para o desenvolvimento industrial do país. “Isso demonstra um otimismo muito bom e eu não tenho dúvida que se tivermos crédito nós vamos crescer e vamos ter investimento”, finaliza.
O diretor de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso, afirmou que a corrente de comércio que é a soma das importações e exportações em janeiro foi de US$ 1,169 bilhão. As exportações foram de US$ 254,7 milhões, 12,1% menor que em janeiro/2018, e as importações US$ 914,8 milhões, 14% maior que em janeiro/2018. Os grupos que mais se destacaram nas exportações foram de plásticos e derivados, máquinas e caldeiras e mecânica e suas partes. Nas importações destaques para máquinas, aparelhos elétricos e aparelhos de gravação e acessórios.
Como novidade para este ano, o diretor de Comércio Exterior anunciou a apresentação dos números de exportações e importações das 19 cidades que compõem a Regional Campinas do Ciesp.
Foto 1 – Entrevista do diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho, ao jornalista e diretor do site Panorama de Negócios, Milton Paes.
Foto 2 – Diretor de Comércio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso e o diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações
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