As atividades do comércio já retornaram e estão perto do normal, assim como os demais setores da economia. Porém, as orientações das autoridades de saúde continuam apontando para as pessoas ficarem em casa o máximo que puderem, afinal, a pandemia ainda não acabou e não existe, ainda, vacina para combater o coronavírus. As
Um apontamento interessante vem do Google Trends, serviço de análise de tendências do buscador Google, que apontou que a expressão “dor nas costas” nunca foi tão pesquisada como nos últimos meses no Brasil. Um aumento de quase 80% durante os meses de confinamento mais intensos. “É um problema grave e incapacitante. Dois estudos recentes (porém realizados antes da pandemia) apontaram que a prevalência pontual da dor lombar é de 12% da população e, com o envelhecimento da população, a tendência é aumentar. Trata-se de um dos problemas de saúde mais onerosos do mundo, gerando custos enormes em tratamentos e tempo perdido no trabalho. Pelo menos uma vez na vida, 80% das pessoas já sentiram esse tipo de dor”, comenta o médico.
Dr. Sabbá afirma que já era esperado entre os especialistas o aumento nos relatos de dor durante a quarentena em que o país vive. De toda forma, na maioria das vezes, as causas são o sobrepeso, o sedentarismo, tabagismo e má postura (a posição do pescoço dobrado para ver smartphone) ou, ainda, posições inadequadas para trabalhar no computador e a junção de tudo com os afazeres domésticos. “Porém, as dores podem indicar problemas mais graves como, por exemplo, uma hérnia de disco; então, é importante ter a avaliação de um médico’, diz.
Como avaliar a dor?
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que que lombalgia é a segunda maior causa de visita aos consultórios médicos, perdendo apenas para dor de cabeça. ”Automedicação é algo muito comum quando o assunto é dor nas costas. Mas isso deve ser evitado”, explica. Massagens, alongamentos e compressas podem ajudar. Os sinais de alerta e de gravidade, de acordo com Dr. Sabbá, incluem irradiação para os membros, perda da força, tempo da dor, variação conforme a posição do corpo, alteração da sensibilidade, choque, formigamento e até dificuldade para urinar. “Com esses sinais, é preciso procurar o médico”, orienta.
Exercício físico previne dor nas costas
Artigo científico publicado no The Journalofthe American Medical Association (JAMA), em 2016, confirma que o exercício físico é o pilar na prevenção das dores nas costas. Além disso é essencial reforçar, segundo o neurocirurgião, a importância da ergonomia no trabalho e das medidas educacionais para afastar a possibilidade de dor. “Com tudo o que estamos vivendo, estamos em um momento potencialmente perigoso para a saúde da coluna”, continua Dr Sabbá.
É muito mais desafiador treinar em casa, mas as pessoas não devem desistir ou, ainda, ficar esperando o retorno das academias e a abertura dos parques, de acordo com o neurocirurgião. “É preciso conseguir criar um planejamento de atividades físicas em casa. Melhor quando se tem a orientação de um treinador, para evitar qualquer risco de lesão. E lembrar sempre da importância do alongamento”, aponta.
Somado aos exercícios, Dr. Sabbá pede atenção com os espaços de trabalho (ou estudo): a tela do computador deve estar na mesma linha da visão, os pés devem estar sempre apoiados no chão e as pernas flexionadas em um ângulo de 90 graus em relação ao tronco e ao piso, eo dorso do corpo encostado corretamente na cadeira.
O neurocirurgião ainda reforça que as pausas são importantes. Às vezes, o trabalho exige que fiquemos na mesma posição por bastante tempo, entretanto é necessário parar de tempos em tempos e se movimentar. Assim,mantemos os músculos em atividade, evitando possíveis complicações.
Marcelo Sabbá é neurocirurgião com atuação em neuro-oncologia, Microcirurgia Vascular, tratamento da dor, patologias da coluna vertebral, além de procedimentos minimamente invasivos no cérebro e na coluna. Realizou especialização em neuro-oncologia na Cleveland Clinic, além de pós-graduação no Hospital Sírio-Libanês. Atua como neurocirurgião assistente no Hospital Boldrini e Instituto Radium de Oncologia. É membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e da Society for NeuroOncologyLatinAmerica (SNOLA).
Foto 1 – Dr. Marcelo Sabbá.
Foto 2 – Dr. Marcelo Sabbá realizando exame em paciente.
Crédito: Divulgação.
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