COLÉGIO CRESCER SE PREPARA PARA ATENDER O PLANO DE RETOMADA DAS AULAS PRESENCIAIS

O governo do São Paulo anunciou a previsão da retomada das aulas presenciais a partir do dia 8 de setembro, de forma gradual e em três etapas. A proposta prevê o rodízio de estudantes e uma combinação de aulas presenciais com manutenção do ensino à distância. No entanto, as escolas só poderão ser reabertas quando todas as cidades paulistas estiverem na fase amarela do plano de flexibilização da economia definido pelo estado.

Para o educador e diretor pedagógico do Colégio Crescer em Campinas (SP), Anderson Gama, a decisão do governo gera algumas preocupações e falhas que podem inviabilizar a execução do plano. “O primeiro ponto a analisar é sobre a regra das cidades precisarem estar na fase amarela para que todo o estado possa retomar as aulas. Isso significa que um colégio no litoral não poderá abrir porque uma cidade no interior, por exemplo, não atingiu a meta de isolamento. Isso não faz sentido e nivela todos por baixo”, pontua o diretor.

Sobre o protocolo de retorno, Anderson não vê dificuldade e conta que o Colégio Crescer já comprou termômetros com infravermelho e mais de 150 protetores faciais para os colaboradores, instalou totens de álcool gel em pontos estratégicos e nas salas de aula, planeja entradas dos alunos em portões diferentes e horários alternativos, e está reorganizando as salas respeitando o distanciamento de 1,50 metro das carteiras, porém ele faz duas ressalvas. “Essa reorganização na sala de aula é possível até a fase dois do plano, que prevê 50% dos alunos na escola. Quando chegar aos 100%, muitas instituições não terão espaço físico para manter o distanciamento exigido das carteiras. A situação pode ser ainda mais complicada para as escolas públicas, que receberam nos últimos meses um aumento de alunos que migraram dos colégios particulares. Além disso, não há como garantir que crianças mantenham o distanciamento em outros momentos, se nem mesmo muitos adultos estão respeitando essa regra nas ruas”, alerta o educador.

Sobre a recuperação do conteúdo perdido até o momento, Anderson é cauteloso e afirma que é preciso avaliar formas de cumprir a carga horária e defende a extensão do ano letivo para o início de 2021. “Adiar algumas semanas o calendário desse ano e atrasar um pouco o início das aulas no ano que vem é a melhor forma de repor o conteúdo, caso contrário será necessário prever aulas todos os sábados e feriados até dezembro, isso pode provocar estafa mental nos estudantes. É muito importante ter um olhar cuidadoso com o processo de aprendizagem, afinal não se trata só de ensinar o conteúdo e sim de realmente o aluno aprender”, salienta.

Antes de fazer a escala dos alunos, o Colégio planeja fazer uma pesquisa com as famílias para saber quem prefere permanecer em casa, com o formato das aulas on-line, enquanto os alunos do ensino médio têm um desafio a mais, o ritmo deverá ser mais puxado e vai exigir foco dos estudantes para conseguir se adaptar ao Novo Ensino Médio, previsto para ser implementado no próximo ano e que vai provocar adaptações de conteúdo e mudanças de rotina. “O importante é que seja feito um trabalho organizado e que a família tenha uma comunicação eficiente com a escola, passando os questionamentos de forma harmoniosa para que tudo flua da melhor forma possível. É um momento de compreensão e resiliência”, finaliza Anderson Gama.

 

Foto: Educador e diretor pedagógico do Colégio Crescer, Anderson Gama.

Crédito: Divulgação.

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