ARTIGO DE CELSO TRACCO
O Brasil está passando por uma das mais graves crises de sua história. Temos um déficit fiscal de R$ 140 bilhões, um modelo previdenciário inviável a médio prazo, um sistema político falido, uma educação de péssima qualidade. Cerca de 140 pessoas morrem por dia em hospitais e postos de saúde públicos, a maioria por falta de atendimento. Uma infraestru
Em 45 dias, teremos eleições para cargos do executivo (presidente e governadores) e para o legislativo (senadores, deputados federais e deputados estaduais). Grande parte da população anseia por mudanças e transformações urgentes. Já não aguentamos mais a corrupção endêmica, o desperdício de dinheiro público, os privilégios dos agentes públicos. Recentemente a presidente do STF, declarou que: “o cidadão deve estar cansado de todos nós”, referindo-se aos ocupantes das nossas instituições republicanas. Trágica e verdadeira constatação. Mas o próprio poder judiciário aprovou um aumento de 16% no salário da magistratura, alegando que estão na penúria (sic). Comparando: o salário médio mensal da classe trabalhadora gira em torno de R$ 2.200,00 enquanto “apenas” o auxílio moradia dos juízes é de R$ 4.700,00. Até quando aceitaremos privilégios com dinheiro público?
Vexames continuam acontecendo diariamente. O líder nas pesquisas de intenção de voto para presidente foi julgado, condenado e está preso. No entanto, seu partido claramente zomba da lei. Sabedor que o sistema jurídico tem recursos “ad infinitum”, procura enganar o eleitor, usando de todas as artimanhas para postergar ao máximo a decisão do TSE, a respeito da elegibilidade do “candidato” presidiário. Uma situação no mínimo constrangedora para o nosso processo eleitoral. Até quando aguentaremos essa (in)justiça?
“O Brasil não é um pais sério”, a frase bem conhecida e atribuída a Charles de Gaulle, na verdade não é dele. Entre 1961 e 1963, Brasil e França tiveram um contencioso, barcos franceses vinham pescar lagostas na costa brasileira. Uma tensão militar se estabeleceu entre os dois países. Em meio à pendenga, Moreira da Silva, cantor, lançou um samba intitulado “A lagosta é nossa”, que satirizava a situação. Um diplomata brasileiro que participava das conversações com os franceses, ouvindo o samba, proferiu então a frase, que se tornou famosa.
Até quando continuaremos a fazer piadas com situações sérias?
Celso Tracco é economista e escritor, autor do livro Às Margens do Ipiranga – a esperança em sobreviver numa sociedade desigual.
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