Imobiliária Campinas (SP) promoveu um amplo debate com o tema “Lei de Uso e Ocupação do Solo – Qual o Perfil
Urbanístico de Campinas?”. A ideia foi de mostrar às autoridades e ao público
em geral, que é possível se reestruturar a cidade trazendo qualidade de vida ,
ampliando a circulação de forma criativa e inteligente, ocupando os espaços
ociosos com infraestrutura criando uma cidade inteligente e moderna. Na
oportunidade o Presidente do Núcleo
Regional Campinas do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) Alan Cury e o vice presidente da entidade, Marcelo
Juliano, fizeram uma explanação do atual panorama urbanístico de Campinas,
dentro das diretrizes da Lei de Uso e Ocupação do solo e as perspectivas de
mudanças para os próximos anos.
De Lucca
Junior disse que as entidades de classe como os arquitetos, os engenheiros, as
pessoas que atendem no mercado de compra e venda de imóveis e a própria rede
mobiliária tem uma importante contribuição ao poder público no sentido de
sugerir e apresentar propostas importantes à Lei de Uso e Ocupação do Solo que
contemplem uma solução urbanística para a cidade no mínimo para os próximos 20
anos. Nesse sentido, o presidente da rede imobiliária Campinas aponta a
necessidade de que a Câmara e a prefeitura criem um grupo de estudo para se
pensar a estruturada cidade para os próximos anos.
presidente do núcleo regional Campinas do Instituto dos Arquitetos do Brasil,
Alan Cury, disse que o arquiteto não é um especialista como é um corretor de
imóveis e um engenheiro civil. O arquiteto é um generalista e coordena toda uma
linha de trabalho e de raciocínio com vários especialistas. O arquiteto olhando
a cidade como um todo vai buscar nos seus parceiros técnicos as soluções mais
corretas e aplicar isso à cidade com humanidade, com vida, com sociabilidade e
coma convergência de vários setores da economia. “Uma visão hoje da cidade de
Campinas é o deslocamento rodoviário, inclusive. A gente utiliza a D. Pedro
como um meio de circulação, quando na verdade ela é uma rodovia. A rodovia
recebe o ônus da cidade pela falta de planejamento. Campinas já não tem um
viário novo há muitos anos. A gente tem que fazer viários novos e mudar as
caixas viárias, pois a sociedade ampliou, cresceu e a cidade continua do mesmo
tamanho. O que acontece é a formação de loteamentos nas suas beiradas,
espalhando a cidade com baixa densidade”, diz.
Alan Cury
disse que Campinas tem que voltar a ser protagonista e desenvolvimentista. A
prefeitura tem que ser vista pela ótica do trabalho como uma empresa. Ela tem
que ter eficiência, com prazo e norma. Segundo o arquiteto, isso é obtido
através de informatização de todo o processo com uma inteligência artificial
trabalhando em nosso favor.
O
arquiteto Alan Cury disse que o eixo Campinas – Sorocaba é o 2º Produto Interno
Bruto (PIB) do país, maior que o do Estado do Rio de Janeiro e torna-se
inconcebível que em uma cidade como Campinas quando se precisa de uma ficha de
informação, um representante da prefeitura desenha o lote e informa o que pode
e o que não pode. “Esse processo leva tempo, há margens para erro, porque o ser
humano erra”, diz.
O
arquiteto diz ainda que se dependesse única e exclusivamente da tecnologia isso
poderia ser aplicado em três meses, mas isso envolve licitações, entendimentos
e tudo isso torna o tempo incerto,pois sai da parte técnica e vai para a
questão política. “Seria muito positivo se ao final dessa gestão conseguisse entregar
para a cidade um sistema todo inteligente”, diz.
Com o
crescimento de Campinas a discussão sobre a revisão das macrozonas tem se
tornado mais intensa, pois alguns bairros que eram tidos como estritamente
residenciais passaram a abrigar pequenos comércios e até mesmo escritórios de
prestadores de serviços como contadores e advogados. Diante deste cenário a
cidade precisa ser replanejada para essa nova realidade.
Fotos – Evento da Rede imobiliária Campinas
Crédito: Roncon & Graça Comunicações
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