A Sociedade de Abastecimento de Água e
Saneamento S.A. (Sanasa – campinas), está utilizando o ozônio num projeto
piloto inédito instalado na sua Estação de Tratamento de Água (ETA) de Sousas,
distrito de Campinas (SP) para o tratamento de água em substituição ao ácido
hipocloroso, formado pela solubilização do cloro gasoso em água, popularmente
conhecido como cloro. Se comprovada a eficiência da utilização do ozônio o
investimento necessário para a implantação
do tratamento da água com o ozônio está estimado em R$ 20 milhões
Atualmente as pesquisas estão focadas na
comprovação da eficiência do oxidante nas águas do Rio Atibaia e, em uma
segunda fase, o objetivo será testá-lo nas águas do Rio Capivari. Durante esta
fase, será possível verificar a demanda de ozônio, ou seja, quanto será
consumido e também os custos da implantação e da operação.
Para este estudo dois contratos estão
sendo fechados com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Um deles com
a Faculdade de Engenharia Civil, que irá estudar os efeitos sobre alguns
protozoários e outro com o Instituto de Química, que irá fazer a parte
analítica para determinação da eficiência do processo na remoção dos chamados
Compostos Emergentes.
O gerente de Operação de Sistema de
Saneamento da Sanasa, Vladimir Pastore explica que já visitou uma empresa do
ramo de celulose que utiliza o ozônio no lugar do cloro para branquear as
folhas de papel. “Foi interessante para termos uma referência de estrutura. É
viável. O custo para o tratamento da água com ozônio tende a ser parecido com a
utilização do cloro”, diz. A opção pelo
ozônio é para elevar ainda mais a qualidade da água distribuída. “Num primeiro
momento, vamos dar continuidade às pesquisas, pois temos que tirar nossas
próprias conclusões acerca da eficiência do ozônio como desinfetante principal
no tratamento de nossa água e, concomitantemente estarmos preparados para
quando esses contaminantes emergentes estiverem legislados e forem
estabelecidos novos valores para a água distribuída à população”, complementa.
Siqueira explica que o tratamento com
esta substância acaba saindo mais barato do que com cloro. “Além disso, como o
ozônio se decompõe em oxigênio, os subprodutos gerados são quase sempre
menores”, esclarece.
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