SANASA CAMPINAS TESTA OZÔNIO EM TRATAMENTO DE ÁGUA


A Sociedade de Abastecimento de Água e
Saneamento S.A. (Sanasa – campinas), está utilizando o ozônio num projeto
piloto inédito instalado na sua Estação de Tratamento de Água (ETA) de Sousas,
distrito de Campinas (SP) para o tratamento de água em substituição ao ácido
hipocloroso, formado pela solubilização do cloro gasoso em água, popularmente
conhecido como cloro. Se comprovada a eficiência da utilização do ozônio o
investimento necessário para a implantação 
do tratamento da água com o ozônio está estimado em R$ 20 milhões

Pesquisas recentes apontam que o ozônio pode
ser mais eficiente e mais barato no tratamento da água que o cloro. Em função
disso, a Sanasa montou nas ETAs 3 e 4 uma planta piloto no laboratório de
pesquisas existente naquele setor. Foram adquiridos um concentrador de
oxigênio, um gerador de ozônio, equipamentos de análise on-line e equipamentos
para determinação de carbono em suas diversas formas. No Brasil, nenhuma
companhia de saneamento faz uso desta substância e a Sanasa Campinas é pioneira
na busca de soluções para produzir água cada vez melhor.

Atualmente as pesquisas estão focadas na
comprovação da eficiência do oxidante nas águas do Rio Atibaia e, em uma
segunda fase, o objetivo será testá-lo nas águas do Rio Capivari. Durante esta
fase, será possível verificar a demanda de ozônio, ou seja, quanto será
consumido e também os custos da implantação e da operação.

Os dados preliminares apontam para uma
redução nos custos com o tratamento de água, porém, a implantação tem custo
elevado, pois, haverá a necessidade de uma nova planta e os equipamentos são
todos importados. O prazo estimado para implantação é de um ano após o término
dos estudos caso estes venham a apontar viabilidade.

Para este estudo dois contratos estão
sendo fechados com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Um deles com
a Faculdade de Engenharia Civil, que irá estudar os efeitos sobre alguns
protozoários e outro com o Instituto de Química, que irá fazer a parte
analítica para determinação da eficiência do processo na remoção dos chamados
Compostos Emergentes.

O coordenador da Estação de Tratamento
de Água (ETA) III e IV da Sanasa, Sidnei Lima Siqueira, comenta que as
pesquisas, de um modo geral, têm por objetivo a melhora na qualidade da água e
também a redução de custos. “A ideia é maximizar a relação custo-benefício. O
retorno futuro é bem maior do que o investimento feito. Não só com o ozônio,
mas outras pesquisas que desenvolvemos ao longo dos anos contribuíram para uma
redução de cerca de 40% dos custos com produtos químicos. Isto representa se
somarmos o que já foi deixado de ser gasto uma economia de cerca de R$ 30
milhões para a empresa desde que as mudanças foram implantadas”, afirma.

O gerente de Operação de Sistema de
Saneamento da Sanasa, Vladimir Pastore explica que já visitou uma empresa do
ramo de celulose que utiliza o ozônio no lugar do cloro para branquear as
folhas de papel. “Foi interessante para termos uma referência de estrutura. É
viável. O custo para o tratamento da água com ozônio tende a ser parecido com a
utilização do cloro”, diz.  A opção pelo
ozônio é para elevar ainda mais a qualidade da água distribuída. “Num primeiro
momento, vamos dar continuidade às pesquisas, pois temos que tirar nossas
próprias conclusões acerca da eficiência do ozônio como desinfetante principal
no tratamento de nossa água e, concomitantemente estarmos preparados para
quando esses contaminantes emergentes estiverem legislados e forem
estabelecidos novos valores para a água distribuída à população”, complementa.

Formado por uma descarga elétrica em uma
célula contendo oxigênio, o ozônio não é possível de ser armazenado, sendo
necessária a produção no local. “É um dos mais eficazes e de mais fácil
adaptação em instalações já existentes e, atualmente existem instalações em
várias partes do mundo como Inglaterra, Holanda, Portugal, Espanha, Estados
Unidos, França entre outros”, explica o coordenador da Estação de Tratamento de
Água (ETA) III da Sanasa, Sidnei Lima Siqueira.

Siqueira explica que o tratamento com
esta substância acaba saindo mais barato do que com cloro. “Além disso, como o
ozônio se decompõe em oxigênio, os subprodutos gerados são quase sempre
menores”, esclarece.

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