USINA CORURIPE CONCLUI CAPTAÇÃO DE R$ 202 MILHÕES E PREVÊ AUMENTAR EBTIDA EM 7% NA SAFRA 17/18

O bom desempenho da Usina Coruripe e as perspectivas de crescimento para os próximos anos levaram a empresa, uma das maiores do setor sucroalcooleiro no país, a obter uma demanda cinco vezes maior que a oferta pública de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) feita em fevereiro. A primeira oferta, de R$ 135 milhões, foi finalizada no dia 7 de abril, teve a participação de cerca de 2,2 mil investidores e a demanda superou os R$ 693 milhões. Logo na sequência, a empresa realizou nova operação e recebeu, na semana passada, um crédito adicional de R$ 67 milhões.

Essa foi a primeira vez em sua história que a Coruripe fez operações de CRA, que são títulos de crédito emitidos por empresas securitizadoras de direitos creditórios do agronegócio. Os papéis lançados em fevereiro (CRA CVM 400) têm vencimento em 7 de outubro de 2019 e a remuneração prevista é de taxa DI mais 3% ao ano.

De acordo com o presidente da empresa, Jucelino Sousa, a obtenção de R$ 202 milhões de investidores pessoas físicas mostra a capacidade da Coruripe em diversificar as fontes de financiamento. Ele afirma que, para a Coruripe, a emissão dos CRAs “é uma boa forma de captação, que permitirá aproveitar oportunidades de aumento de eficiência operacional que reflitam aumento de capacidade e faturamento no curto prazo, ao mesmo tempo em que reforça o caixa da empresa em um período de crédito ainda restrito e de juros elevados”.

Sousa ressalta que o sucesso dessas operações se deve à performance da empresa. A safra 2016/17, que se encerrou no dia 31 de março de 2017, deve apresentar um Ebtida superior a R$ 1 bilhão. “Para a safra 17/18, estimamos que essa métrica deverá ser 7% superior à encerrada”, diz o presidente da Usina Coruripe.

Em março, a empresa iniciou a safra de cana-de-açúcar de 2017/2018. Para este ano, a previsão é atingir novo recorde com a ampliação da moagem em 1,32% em relação à anterior, alcançando 14,35 milhões de toneladas. Com isso, a meta da empresa é aumentar a produção de açúcar em 5,7%, com 22,8 milhões de sacas de 50kg, e elevar em 3,9% a geração de energia elétrica, o que representa 740 megawatt/hora (MWh).

Na safra passada, as usinas em Minas Gerais e Alagoas utilizaram 100% da capacidade, garantindo alta produtividade no campo. Esse desempenho garantiu à empresa, pelo segundo ano consecutivo, prêmio de produtividade concedido pelo Grupo Idea e Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).

Outro destaque da empresa é a redução constante no número de acidentes. Na área agrícola de Coruripe, onde trabalham cerca de 4,5 mil pessoas, há um ano não ocorrem acidentes. “Nossa meta é ‘zero acidente’ sempre e, por essas e outras conquistas, conseguimos fazer da Coruripe uma das maiores e melhores empresas para se trabalhar do Brasil.”, afirma Sousa.

A Usina Coruripe, controlada pelo grupo Tércio Wanderley, com sede em Coruripe (AL) e fundada em 1925, é a maior empresa do setor sucroalcooleiro no Norte/Nordeste e uma das oito maiores do Brasil. Com quatro unidades em Minas Gerais e uma em Alagoas, possui capacidade de moagem de 14,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, produz açúcar VHP, açúcar cristal e etanol e exporta energia elétrica.

Foto 1 – Colheita mecanizada nos campos da usina Coruripe.

Foto 2 – Usina matriz.

Crédito: divulgação.

 

Milton Paes

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