ACESSO A REDES SOCIAIS NA IMIGRAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS

Recentemente o governo americano anunciou que está cogitando a possibilidade de pedir as senhas das redes sociais de sete países, entre eles o Irã, Iraque, Iêmen, Líbia, Síria, Somália e Sudão. Segundo a advogada especialista em imigração, Ingrid Baracchini, a autoridade imigratória já possui a autorização para verificar as redes sociais de quem está no território americano, seja ele de qualquer país. “A imigração pode sim solicitar o acesso às redes sociais e, até mesmo, pedir às empresas a quebra de sigilo. Isso acontece muito com o Google, por estar em território americano, as autoridades podem mandar ordens judiciais pedindo a quebra de sigilo de quem eles quiserem”, explica Ingrid.INGRID imagem_release_877026

O governo Trump tem trazido novas mudanças para os Estados Unidos e preocupação para os imigrantes, em especial os brasileiros, já que o presidente quer mexer nas regras da imigração. Na declaração feita pelo governo sobre a nova medida em relação às redes sociais, as informações que devem ser analisadas são conversas, relacionamentos, grupos que você participa, entre outras coisas que podem mostrar quais são os contatos do imigrante, como, por exemplo, se faz parte de alguma facção terrorista. “É na verdade uma medida de segurança que, por enquanto, atinge apenas sete países. Mas, eles podem pedir o acesso de qualquer pessoa”, comenta a advogada.

O processo de vistoria de redes sociais é comum em alguns casos. De acordo com a especialista, se as autoridades estiverem com alguma desconfiança quanto à presença da pessoa nos Estados Unidos, podem solicitar a verificação das redes sociais e até mesmo a quebra de sigilo. A situação mais comum neste caso ocorre quando uma pessoa está no país para se casar ou está noiva de um americano e há uma desconfiança sobre o relacionamento ser realmente verídico. Nesse caso, os agentes pedem o acesso às redes sociais para confirmar se realmente existe um relacionamento e se as intenções do imigrante são reais.“Nos aeroportos é muito comum a solicitação de telefones para acessar Facebook ou e-mails. Algumas pessoas me perguntam sobre a privacidade. Você pode se recusar a dar o seu celular no aeroporto, mas, obviamente, sua entrada será negada. Você vai voltar para o Brasil e nunca mais terá acesso aos Estados Unidos por não cooperar. A negativa pode ser um indício de terrorismo, de que tem alguma coisa errada e essa presunção vai ser carregada com você para sempre. Então, o mais indicado é realmente permitir a vistoria das redes sociais”, orienta a especialista.

Quando navegam pelas redes sociais dos interessados em entrar nos Estados Unidos,  eles podem verificar as conversas, observar os grupos, o que é compartilhado, entre outras coisas. Mas a busca é realizada para identificar quem está entrando no país com outras intenções. “Religião e posição politica não é o que eles analisam, afinal, a escolha de religião é livre nos Estados Unidos. Isso só será levado em consideração se você for considerado de alguma facção terrorista e neste caso pode ocorrer uma negativa ou uma investigação”, afirma Ingrid. Por isso, segundo ainda Ingrid Baracchini, para evitar problemas com a imigração e ter uma viagem tranquila, é sempre bom ter o acompanhamento de um profissional especializado.

Ingrid Baracchini é formada em Direito pela Universidade Paulista (UNIP) e possui 11 anos de experiência na área imigratória em parceria com o advogado Reza Rahbaran, eleito TOP 25 Immigration Attorneys. O escritório representa o cliente brasileiro na requisição de qualquer tipo de visto para os Estados Unidos, além de clientes estrangeiros em qualquer área de demanda no Brasil de cunho imigratório, familiar, cível ou criminal. A advogada faz parte da AILA – Associação Americana de Advogados de Imigração.

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