ACIC DIVULGA DESEMPENHO DO COMÉRCIO EM CAMPINAS E REGIÃO

A Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) divulgou os
resultados referentes ao movimento do comércio em Campinas (SP) e na Região
Metropolitana de Campinas (RMC) referente ao mês de outubro. Dados do Serviço
Central de Proteção ao Crédito (SCPC) indicam um aumento de 5,36% nas vendas do
comércio de Campinas no mês de outubro em relação a setembro deste ano e de
3,45% em relação a outubro de 2011. No acumulado de janeiro a outubro de 2012,
a expansão chegou novamente aos 3,52% em Campinas.

Na avaliação do economista da Associação Comercial e Industrial de
Campinas (ACIC), Laerte Martins, o mês de outubro teve mais dias úteis que o
mês de setembro, e a comemoração do Dia das Crianças, que movimentou 8,5% a
mais que no ano passado, acabou se incorporando ao total das vendas de todo o
mês de outubro. “Neste mês o campineiro comprou mais à vista (5,57%) que a
prazo (5,19%), talvez se preocupando com o perigo do endividamento”, avaliou
Martins.

O faturamento estimado para outubro de 2012 chegou a R$ 869,1 milhões, e
no acumulado deve ficar em R$ 7,5 bilhões, 4,77% acima de 2011. A inadimplência
no acumulado do ano registra uma alta de 4,56%, com 149.044 carnês não pagos
neste ano contra os 143.411 do ano passado. O campineiro tem pago com mais
intensidade as compras atrasadas a um nível de 76,40% acima das exclusões do
ano. O total da inadimplência atinge atualmente, em Campinas, cerca de R$ 194,9
milhões que deixaram de circular no comércio. “A perspectiva para o final do
ano é de vendas em expansão acima dos dois dígitos, por força do Natal e da
injeção do 13º salário, que está prevista em cerca de mais de R$ 820 milhões
para Campinas, e R$ 1,9 bilhões para toda a região”, prevê o economista da ACIC
Laerte Martins.

Na Região Metropolitana de Campinas (RMC) as vendas de outubro de 2012
também demonstram uma expansão de 5,31% em relação a setembro deste ano e de
2,80% em relação  outubro de 2011. No acumulado
de janeiro a outubro deste ano a expansão chegou a 3,51%.

O maior número de dias úteis, bem como a data especial do Dia das
Crianças, estimulou as vendas de todo o mês de outubro, que superaram em 8% a
mesma data no ano passado.

O faturamento estimado para outubro de 2012 na RMC deve atingir R$ 1.94
bilhão e no acumulado de janeiro a outubro cerca de R$ 17.14 bilhões, 4,55%
acima de 2011.

A inadimplência na RMC cresceu 5,85%, com 370.232 carnês vencidos a mais
de 30 dias e não pagos neste ano, contra os 349.780 do ano passado. Na
avaliação da inadimplência com o período anterior, quando se situou no patamar
de 7,34%, o atual patamar de 5,85% destaca que o consumidor da região eliminou
mais de 70% dos registros excluídos, com o pagamento de suas dívidas. O total
da inadimplência atinge atualmente cerca de R$ 480,5 milhões, montante que
deixa de circular no comércio. “A perspectiva para o final do ano é de uma
expansão das vendas acima dos dois dígitos, principalmente pela tradição das
compras natalinas, que serão impulsionadas, ainda mais, pela injeção de cerca
de mais de R$ 1,9 bilhões do 13º salário na economia regional, e cerca de mais
de R$ 820 milhões só em Campinas”, disse Martins.

Entre setembro de 2012 e agosto de 2012 a taxa Selic não variou,
permanecendo aos 7,50% ao ano, mas as taxas de juros na ponta continuam caindo,
chegando a 1,88% entre setembro e agosto de 2012, e 17,23% no período de 12
meses  de setembro de 2011 a setembro de
2012.

Na avaliação mensal, a maior queda foi no Desconto de Duplicata, que
chegou a 2,12%, seguido do CDC (Credito Direto ao
Consumidor), que reduziu em 1,78%.

A
devolução de cheques sem fundos nesse período de janeiro a setembro de 2012
mostra que na RMC, em quantidades nominais, houve uma redução de 3,76%, mas no
índice falta de fundos/compensados, houve uma elevação de 0,16 ponto
percentual, passando de 1,68 em 2011, para 1,84 em 2012. “Implica dizer que,
para cada 100 cheques emitidos 1,84 cheques são devolvidos por falta de fundos”,
diz.

Os dados do Emprego e Desemprego em
setembro de 2012 destacam que no período de janeiro a setembro de 2012 foram
gerados na RMC, 27.521 postos de trabalho, um crescimento de 3,18% sobre o
estoque de dezembro de 2011. Em Campinas, no mesmo período foram gerados 12.767
postos de trabalho, uma expansão de 3,46% sobre o estoque de dezembro de 2011. “Destaca-se
nesses números, um crescimento menor que 2011 na geração de postos de trabalho
ao redor de 35%. De janeiro a setembro de 2011 foram criados na RMC,
aproximadamente 42.375 postos. De janeiro a setembro de 2012 foram gerados 27.521
postos, uma defasagem de 35%”, avalia o economista da ACIC, Laerte
Martins.

Os dados do desemprego em setembro de
2012 destacam que na RMC aproximadamente 62.771 trabalhadores estão sem
emprego, o que representa uma taxa de 3,98% da População Economicamente Ativa (PEA).
Em Campinas estão sem emprego 17.855 trabalhadores, o que representa uma taxa
de 3% da PEA. “ Destacam-se nesses
números, que apesar do crescimento menor do emprego, em 2012 a taxa do
desemprego continua abaixo dos 4,00%, indicando praticamente uma tendência para
o pleno emprego. A necessidade da mão de obra qualificada procurada pela
Indústria e Serviços de Campinas e Região é que justifica essa demanda pela mão
de obra, inclusive, essas taxas de desemprego na RMC e Campinas são praticamente
as mais baixas do país”, completa.
Foto – Laerte Martins – economista da ACIC
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