ARTIGO – UMA CIDADE PARA TODOS NÓS

Antônio
De Lucca Junior

 

Nunca se falou tanto sobre o futuro do Brasil, como
nas últimas semanas. Refiro-me às manifestações democráticas e pacíficas do
povo brasileiro sobre os seus direitos e deveres. Sem dúvida, uma jornada
cívica, que desejamos, se reverta efetivamente para a melhoria das condições de
vida de todos os brasileiros. Esse tema, nos leva imediatamente a outro, que
diz respeito às condições urbanísticas das cidades que habitamos. As cidades
refletem a maneira de ser dos seus habitantes. Tal qual um ser vivo, as cidades
crescem, se expandem de forma ordenada ou ao longo do tempo apresentam seu grau
de desordenamento. Campinas é a cidade em que residimos e trabalhamos e que ao
longo das últimas décadas tem mostrado problemas que evidenciam sinais de
degradação urba-nística. Não é a única que tem problemas dessa natureza, sem dúvida.
Mas, nós habitantes dessa Campinas, que tanto amamos, precisamos nos unir para
buscar soluções, sempre tendo em vista as suas peculiaridades de liderança na
região metropolitana. Acreditamos que muitas dessas soluções podem também
servir de bons exemplos para outros municípios próximos.

Lei de Uso e Ocupação do Solo – Recentemente, um debate com o tema Lei de Uso e
Ocupação do Solo – O Perfil Urbanístico de Campinas, realizado pela Rede
Imobiliária Campinas e que contou com as presenças dos diretores do Núcleo
Regional do Instituto de Arquitetos do Brasil, lançou importantes luzes para a
cidade que desejamos nas próximas décadas. Foi uma primeira reflexão importante
sobre o atual panorama urbanístico de Campinas, dentro das diretrizes da atual
Lei de Uso e Ocupação do Solo e o que esperamos e desejamos de mudanças nos
próximos anos para a cidade.

Algumas perguntas são importantes e precisam ser
respondidas por toda a comunidade.  Qual
o futuro urbanístico de Campinas, tendo em vista que algumas áreas da cidade já
dão sinais de degradação? O que precisa mudar na atual Lei de Uso e Ocupação do
Solo do município?

Nova Agenda – Alguns temas foram incorporados à agenda cotidiana
das pessoas nos últimos anos, tais como mobilidade urbana, acessibilidade,
cidade sustentável e qualidade de vida, entre outros. São temas que precisam
ser entendidos e praticados por toda a comunidade que vive, trabalha, estuda e
ama, a cidade que habita.

Acreditamos
que todos têm a sua parcela de responsabilidade na tarefa de tornar a cidade um
lugar cada vez melhor para se habitar. A Prefeitura de Campinas, a Câmara
Municipal, as entidades de classe do setor imobiliário e de todos os outros
setores, enfim, toda a comunidade de Campinas deve participar e opinar, para
que se tenha uma Lei de Uso e Ocupação do Solo sintonizada com a atualidade.

Como bem disseram os especialistas em urbanismo, é
preciso uma nova lei para uma nova cidade, com um foco na modernidade. A cidade
precisa organizar o seu crescimento, programar a sua expansão, sempre dentro
dos conceitos de sustentabilidade. Se no passado, as grandes distâncias não
representavam problema, porque o deslocamento era estimulado através do uso do
veículo, a atualidade exige que tudo esteja próximo e que as pessoas possam se
deslocar com o menor prejuízo possível ao meio ambiente. Muitos dirão que esse
é apenas um lado da questão. Eles têm razão. O tema é complexo e as variáveis
são muitas.

O quanto antes estimularmos esse debate, melhor
para todos. A Lei de Uso e Ocupação do Solo precisa ser atualizada, sem dúvida,
mas dentro de uma premissa consensual, em que a cidade seja para todos nós.
Estamos no melhor momento para avançar nesse assunto. Venha para o debate!

Antônio
De Lucca Junior e empresário e presidente da Rede Imobiliária Campinas. E-mail:
[email protected]
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