AS FERRAMENTAS DO EMPREENDEDOR

ARTIGO DA ADVOGADA CLARA TOLEDO CORRÊA

Muitos negócios já nasceram nesses primeiros dias de 2019, afinal, estamos na Era do Empreendedorismo. Mas, você empreendedor, está apenas brincando de empreender ou está jogando o jogo dos negócios de verdade?

É muito comum as pessoas brincarem de empreender. Começam um negócio, esboçam um projeto, colocam em prática em seis meses e logo desistem ou são aniquiladas pelo mercado. Mais do que desistir de forma fácil, muitos desses “empreendedores” não possuem consistência (e não digo formação) e atribuem à personalidade inovadora e indisciplinada que não “aguenta a mediocridade de um mercado retrógrado”.

A  falta de consistência não para nas carências e vícios de comportamento, advindos de uma inteligência emocional imatura, mas também na falta de profissionalismo em si.   Não questiono  habilidades criativas, visionárias e de negócios de um profissional ou até a forma como este atende o seu cliente, mas questiono a falta de capacidade de adequação a certas formalidades que transcendem os papéis. Não digo aqui da burocracia pela burocracia, mas de certos protocolos por credibilidade e segurança em muitos aspectos (segurança própria e segurança para terceiros, como consumidores e concorrentes).  Quem nunca ouviu que é melhor começar do “zero” com tudo pronto, do que tentar consertar erros cometidos desde o começo?

Por esse motivo, na hora de nos declararmos empreendedor, temos que ter plena consciência de deixarmos de ser “reles mortais”, para passarmos a ser peça-chave do crescimento do mercado. Com isso, o empreendedor deve buscar ferramentas seguras e meios corretos para gerir a empresa que nasce. Quando digo nova empresa, me refiro não apenas à Pessoa Jurídica, mas a Pessoa Física, pois em certos aspectos é muito importante esta última se considerar como uma empresa.

Assim, contratos devem ser feitos, registros de marcas, patentes e direitos autorais realizados. Por inúmeros motivos o seu empreendimento deve ser colocado no papel e “carimbado” pelos órgãos competentes. Mas, por que no “papel”? Primeiro, porque esse é um meio que confere segurança e serve como prova.  Segundo, confere maior credibilidade, já que não é de hoje que damos maior importância e levamos a sério aquilo que documentamos. Terceiro, porque que tais documentos significam, além de tudo, um importantíssimo diferencial competitivo, colocando o empreendedor em local de destaque no mercado. Por último e não menos importante: registros como os de marcas e patentes agregam valor ao seu patrimônio, fazendo parte efetiva do ativo de sua empresa e podendo valer muito mais que qualquer bem que podemos tocar com as mãos!

Colocar tudo no papel, fazer contratos e registros de marcas, patentes e direitos autorais é o que diferencia o empreendedor sério, confiável e real, daqueles que brincam de empreender. Então, em qual a categoria você quer se encaixar?

 

Clara Toledo Corrêa é advogada da Toledo Corrêa Marcas e Patentes.   E-mail – [email protected]

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