BAHIA VAI SEDIAR O VIII SIMPÓSIO DE PESQUISA DOS CAFÉS DO BRASIL

A 8ª edição do Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, acontece entre os dias 25 e 28 de novembro, no
Fiesta Bahia Hotel, em Salvador (BA). Com o tema “Pesquisa cafeeira: sustentabilidade e inclusão social”, o evento é realizado pelo Consórcio
Pesquisa Café a cada dois anos e esta edição conta com o apoio do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),
Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), Secretaria da Agricultura, Pecuária,
Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura (Seagri – BA), Empresa Baiana de
Desenvolvimento Agrícola (EBDA),
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e as demais entidades consorciadas.

O Consórcio Pesquisa Café congrega instituições
de pesquisa, ensino e extensão localizadas nas principais regiões produtoras do
País. Seu modelo de gestão incentiva a interação das instituições e a
otimização de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais. A importância
do Consórcio vai muito além do desenvolvimento de tecnologias. A atuação desse
arranjo de instituições de pesquisa e ensino brasileiras contribuiu para que o Brasil
alcançasse o topo da produção mundial, abastecendo um terço da demanda de café,
gerando mais desenvolvimento econômico e social para o País. O Consórcio
Pesquisa Café tem um papel fundamental na manutenção da cadeia produtiva do
café investindo no agronegócio e trazendo resultados para a agricultura
brasileira. Foi criado por dez instituições: Empresa Baiana de Desenvolvimento
Agrícola (EBDA), Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa
de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig),
Instituto Agronômico (IAC), Instituto
Agronômico do Paraná (Iapar), Instituto
Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa),
Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio), Universidade Federal de
Lavras  (UFLA) e Universidade Federal de
Viçosa (UFV).

No evento mais
de 300 trabalhos técnico-científicos serão apresentados na forma de pôsteres,
sendo que 30 deles serão apresentados oralmente para debates. O evento também
conta com a realização de palestras, oficinas, minicursos e mesas-redondas
sobre assuntos variados relacionados à cultura do café e de visitas técnicas. A
expectativa é de cerca de 800 participantes. O evento é uma realização do Consórcio Pesquisa Café,
cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café.

Todos os
palestrantes confirmaram presença no Simpósio. O secretário de agricultura da
Bahia, Eduardo Salles, fará a conferência de abertura sobre “A atividade
cafeeira como sustentabilidade e inclusão social”. Com relação às demais
palestras e seus temas, o diretor-presidente do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Florindo Dalberto, vai falar sobre
“Avanços e desafios do Consórcio Pesquisa Café”; o diretor-geral do Conselho
dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé),
Guilherme Braga, e o doutor em Economia Aplicada pela Escola Superior de
Agricultura da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) e professor associado da Universidade
Federal de Lavras (UFLA), Luiz Gonzaga de Castro Jr., vão abordar “Tendências
de consumo e novas oportunidades para os cafés do Brasil”. Trazendo informações
sobre “Tecnologias aplicadas à sustentabilidade da cafeicultura”, virão os
pesquisadores Gladyston Rodrigues Carvalho, da Empresa de Pesquisa Agropecuária
de Minas Gerais (Epamig), e Romário Gava
Ferrão, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural
(Incaper).

Para a
realização das oficinas, coordenadores e relatores também estão confirmados. A
oficina sobre “Etapas para a certificação” vai ter como coordenador Julian
Carvalho, que é coordenador do Programa Certifica Minas Café da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), e como relator o fiscal
federal agropecuário da Coordenação de Produção Integrada da Cadeia Agrícola do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcus Vinícius de Miranda
Martins. Já a oficina sobre “Idenficação Geográfica” terá como coordenadora a
pesquisadora da Embrapa Café na Epamig Helena Ramos Alves e, como relator, o
pesquisador Flávio Meira Borém, da UFLA. Oficina sobre “Manejo e conservação do
solo e da água para a cafeicultura” terá a coordenação do pesquisador do Iapar
Marcos Pavan e a relatoria do diretor técnico e científico do Iapar, Armando Androciolli
Filho. Ainda sobre as oficinas, o pesquisador do Instituto Agronômico (IAC)
Sérgio Parreiras vai coordenar a discussão sobre “Avaliação da sustentabilidade
na propriedade rural”, cujo relator será o consultor do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA)
Victor Rossi.

Os instrutores
dos minicursos também estão confirmados. São oito os temas a serem estudados:
“Melhoria da qualidade e agregação de valor do café arábica”, “Melhoria da
qualidade e agregação de valor do café conilon”, “Avanços na nutrição para o
café conilon”, “Avanços na nutrição para o café arábica”, “Mecanização com
derriçadoras portáteis”, “Sistemas agroflorestais e orgânicos”, “Manejo
fitossanitário do cafeeiro” e “Noções sobre classificação de cafés”. Os
moderadores das quatro mesas-redondas também acertaram a participação. Os temas
a serem debatidos são: “Estado da arte da cafeicultura familiar no Brasil”,
“Mecanização”, “Irrigação” e “Cultivares de café”. “Esse será mais um momento
histórico para a cafeicultura nacional. A reunião dos pesquisadores da cultura
do café e de representantes do setor produtivo e da extensão rural no VIII
Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, evento consagrado como fórum
privilegiado de discussão da pesquisa de café no País, propiciará a divulgação
dos recentes resultados de estudos realizados por instituições de ensino e
pesquisa, bem como a troca de experiências e o debate sobre desafios e demandas
dos produtores. É desse fórum de discussões que garante a sustentabilidade
presente e futura da cafeicultura brasileira”, diz o gerente de pesquisa e desenvolvimento
da Embrapa Café, Antonio Guerra.

Os Simpósios de
Pesquisa dos Cafés do Brasil já fazem parte da agenda brasileira de
desenvolvimento científico e tecnológico desde 2000, quando foi realizado a
primeira edição do evento. O principal objetivo é promover discussão com a
comunidade científica e com representantes dos diversos setores da cadeia
produtiva do café sobre demandas de pesquisa e tecnologias e produtos
desenvolvidos pelas instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café para
aumento da competitividade do setor cafeeiro e melhoria da qualidade do
produto, com sustentabilidade ambiental e inclusão social. Dessa forma, o
evento contribui para o fortalecimento da economia e para o desenvolvimento do
Brasil.

O café tem
grande importância na economia agrícola brasileira, sendo o quinto produto do
agronegócio exportado. A produção brasileira é a maior do mundo, respondendo
por mais de um terço da produção mundial. Em 2012, o Brasil foi responsável por
33% do volume exportado no mundo. Nos últimos quatro anos, o café foi
responsável por aproximadamente 7,5% das exportações do agronegócio brasileiro.
Em 2012, com uma colheita de 50,8 milhões de sacas, a safra brasileira bateu
mais um recorde.

Além de ser uma
cultura adaptada aos solos e climas brasileiros, sua evolução é, em grande
parte, resposta às pesquisas realizadas ao longo desse tempo. Essas pesquisas
permitiram o desenvolvimento de cultivares resistentes a doenças, mais
produtivas e adaptadas a diferentes condições, bem como a geração de
informações sobre cultivo, manejo da cultura e de pragas, aproveitamento de
resíduos, entre outras. Estudos que trazem contribuição, soluções e inovação
para todas as etapas da cadeia produtiva do café.

Segundo o
Informe Estatístico do Café (Dcaf/Mapa) a área de produção e a produtividade do
café, em 1997, quando da criação do Consórcio Pesquisa Café, era de 2,4 milhões
de hectares de área cultivada, com produção de 18,9 milhões de sacas de 60kg e
produtividade de 8,0 sacas/hectare. Passados 16 anos, em 2013, de acordo com o
segundo levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
(maio/2013), com praticamente a mesma área cultivada – 2,3 milhões de hectares
– o País deverá produzir 48, 5 milhões de sacas, com uma produtividade de 23,8
sacas/ha.

Foto 1 – Plantação de café.

Crédito – Francisca.indi

Foto 2 – Plantação de café

Crédito – Agricultura (SP)

Foto 3 – Parte do processamento de café por via úmida

Crédito – Consórcio pesquisa Café

Foto 4 – Café irrigado

Crédito – Consórcio Pesquisa café

 
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